‘Doria se afoga sozinho’, diz Capitão Derrite sobre promessa salarial para a polícia

Em entrevista ao Pânico, deputado federal opinou sobre a corrupção e a obrigatoriedade do passaporte vacinal para servidores públicos

  • Por Jovem Pan
  • 16/02/2022 16h42
Reprodução/Pânico Capitão Derrite Capitão Derrite foi o convidado do programa Pânico desta quarta-feira, 16

Nesta quarta-feira, 16, o programa Pânico recebeu o deputado federal Capitão Derrite (PP-SP). Policial militar do Estado de São Paulo, ele criticou o governo de João Doria (PSDB) e relembrou promessas de melhoria salarial para a polícia, feitas pelo tucano em 2019. “Falar do Doria é muito fácil, ele se afoga sozinho. O cara é um mentiroso. Prometeu mundos e fundos não só para a polícia, mas o plano de governo dele não fez absolutamente nada”, disse. “Fora essa questão da punição dos policiais exigindo passaporte vacinal, o Tribunal de Justiça de São Paulo proferiu uma decisão liminar dizendo que nenhum funcionário público pode ser punido. E mesmo assim ele está insistindo nisso daí. Isso fere a liberdade individual. No sistema policial, é muito forte, chega a ser uma coação”, acrescentou.

Na entrevista ao Pânico, o parlamentar também comentou sobre a corrida eleitoral pela Presidência da República. Apesar de demonstrar apoio e elogiar as heranças da Operação Lava Jato, Derrite discorda das acusações de Sergio Moro (Podemos) sobre a politização na Polícia Federal (PF). “A Lava Jato teve alguns efeitos muito positivos. O primeiro deles é que deixou os políticos com medo. Colocou ex-presidente na cadeia, deputado. Mas dizer que a Polícia Federal não faz mais nada, isso aí é proselitismo político porque ele vai ser candidato”, disse. “Acho que pode parecer clichê o que vou falar, mas não existe melhor maneira de combater a corrupção do que dando exemplo e não praticando. Se vocês conhecerem algum caso de primeiro escalão do governo Bolsonaro que cometeu corrupção, ou mandou dinheiro pra Cuba e Venezuela… Eu não conheço”, concluiu. 

O deputado ainda defendeu a independência parlamentar na Câmara dos Deputados e os votos isolados de recomendações partidárias. “É difícil ver um parlamentar que tem independência e autonomia. Fui o deputado que mais votou contra a orientação do partido. Eu devo satisfação aos caras que votaram em mim”, disse. Segundo o policial, o Brasil ainda supera as consequências do marxismo cultural no direito penal. “O Brasil sofreu muito o chamado marxismo cultural, que foi traduzido no direito como garantismo penal. Olha para o bandido como um coitadinho, vítima da sociedade. É a política do desencarceramento, liberação de drogas. É uma bola de neve gigantesca que não acaba nunca.”

Confira na íntegra a entrevista com Capitão Derrite:

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