‘É dever do Estado reduzir a desigualdade, não do mercado’, diz ministro Rogério Marinho

Em entrevista ao Pânico, o ministro do Desenvolvimento Regional negou ser desenvolvimentista e afirmou: ‘Governo precisa atuar de maneira eficaz para fomentar a economia’

  • Por Jovem Pan
  • 27/01/2021 15h42 - Atualizado em 27/01/2021 18h07
Imagem: Reprodução/Programa Pânico Rogerio Marinho Ministro Rogério Marinho destacou, em entrevista ao Pânico, três desafios para os próximos anos de gestão

Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, nesta quarta-feira, 27, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, negou que tem adotado uma estratégia desenvolvimentista em sua pasta, apesar de afirmar que “o Estado tem o papel de equilibrar, equalizar e fomentar” a economia e admitir que está encontrando empecilhos para reduzir o tamanho do Estado em meio à pandemia de Covid-19. Geralmente defendida por partidos de esquerda, a política desenvolvimentista opõe-se ao liberalismo, visando impulsionar o crescimento econômico a partir da interferência do governo no mercado. “Não podemos dispensar a importância do papel do Estado em um país tão grande e desigual como o Brasil. Por exemplo, é impossível imaginar que a periferia deve receber o mesmo tratamento do que as regiões centrais das grandes cidades. Sendo assim, cabe ao governo a função de equilibrar, equalizar e fomentar a economia através dos instrumentos que o próprio Estado possui. Infelizmente, o mercado não consegue resolver as desigualdades regionais sozinho. O governo precisa atuar de maneira eficaz, sempre devemos levar em consideração a necessidade de nos modernizarmos e reformarmos”, disse.

O ministro que, antes de assumir a pasta do Desenvolvimento Regional, atuou como um dos principais articuladores da reforma da Previdência, lembrou suas entregas e reiterou que ainda “há muito para ser feito”. “Não mudei por me tornar ministro. Sou o mesmo Rogério Marinho que foi parlamentar e secretário do governo. Para este ano, temos três principais desafios: tirar do papel as ações que já foram desenhadas nos dois primeiros anos de mandato – como um novo programa habitacional com foco na regularização fundiária, tratar dos consórcios municipais para avançarmos com o Novo Marco do Saneamento e reestruturar os fundos de desenvolvimentos regionais, que tiveram seus orçamentos prejudicados na pandemia”. Para cumprir todas as metas, ele reforçou que a ajuda da iniciativa privada será fundamental nos próximos anos de gestão.

Confira a entrevista com o ministro Rogério Marinho:

 

 

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