‘É muito difícil a esquerda ganhar eleição no Sul’, diz Jorginho Mello, governador de Santa Catarina
Em entrevista ao Pânico, Jorginho Mello revelou desejo de implantar faculdades gratuitas em Santa Catarina e opinou sobre a política tradicional
Nesta segunda-feira, 13, o programa Pânico recebeu o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello. No bate-papo com a bancada comandada por Emílio Surita, o político do PL — mesmo partido de Jair Bolsonaro, que na opinião dele vai voltar em breve ao Brasil para “liderar a oposição” — comentou sobre o Estado que comanda, incluindo as acusações de setores da esquerda de que há extremistas no Sul do país. “A esquerda nunca ganhou a eleição lá. Eu falo de Santa Catarina, mas é o Sul como um todo. Com todo respeito ao pessoal da esquerda, que a gente precisa respeitar. Eu disputei agora com a esquerda, foi para o segundo turno com candidato do PT. É muito difícil eles ganharem eleição. Nossa mistura: o germânico, o manezinho da ilha, o italiano, alemão, o japonês… Nós temos uma colônia japonesa que produz alho da melhor qualidade”, declarou o ex-senador. “Somos o último Estado que entra numa crise e o primeiro que sai. Pela qualidade das pessoas que moram lá. Uma mistura que deu certo, tenho muito orgulho de ser governador de Santa Catarina, nasci lá. É uma paixão você ser governador de Santa Catarina. É um Estado que se reinventa. Eu não tenho dúvidas disso, é o melhor Estado do Brasil”, acrescentou.
Em seu mandato como governador, Jorginho Mello tem como uma de suas bandeiras investir em políticas para o ensino superior e, por isso, enfatizou a importância da educação. “O Brasil tem os seus altos e baixos em termos de democracia. É um país que nos encanta, que nos apaixona. Quando falo de Santa Catarina, é um Estado que o Brasil reconhece. É uma proposta de campanha, estamos formatando para funcionar no semestre que vem. Vai sair, não tenha dúvida. A faculdade gratuita é um sonho, eu sei da dificuldade que é fazer uma faculdade. É muito caro, fazer medicina é R$ 10 mil reais, quem é que paga isso? É um grande compromisso, estou juntando todos os gastos que a gente tinha com bolsa e com ajuda”, detalhou. O político ainda opinou sobre o futuro dos políticos tradicionais com a chegada de figuras da internet e o direcionamento do debate público para as redes sociais. “A política tradicional nunca vai deixar de existir. Como a gente evoluiu muito em redes sociais, em informação, aquela conversa maçante de político, de prometer um negócio, isso tudo passou. Santa Catarina é um Estado politizado, não tem conversa mole lá. Lá não tem como enganar, a conversa é seria. Em outros Estados você requenta promessa, os políticos tradicionais ficam se mantendo. Em Santa Catarina é no fio da navalha”, concluiu.
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