Ricardo Salles sobre suspensão: ‘Quem não reza cartilha do Amoêdo é boicotado’

  • Por Jovem Pan
  • 01/11/2019 14h44 - Atualizado em 01/11/2019 14h48
Jovem Pan Ministro Ricardo Salles foi o convidado do Pânico nesta sexta (1º)

Vestindo uma camiseta do partido Novo, o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles explicou à bancada do Pânico nesta sexta-feira (1º) a sua desfiliação temporária da legenda, mas sem esconder o seu descontentamento com o líder do partido.

“Quem não reza cartilha do [João] Amoêdo é boicotado. (…) O Novo tem bons princípios e boas regras no sentido de moralizar a vida partidária, isso é positivo e foi um dos motivos pelo qual me filiei para ser candidato a deputado no ano passado.”

“Mas o partido não pode ter dono. Um partido que se coloca pra ser o modelo moderno da renovação política não pode ter um dono que por sua vez tem um diretório nacional que serve para chancelar tudo que ele quer”, disparou.

Na quinta-feira (31), o Novo informou que suspendeu em caráter liminar a filiação de Salles a partir de um pedido do deputado estadual do Rio de Janeiro Chicão Bulhões.

Em nota, o partido informou que a resolução temporária é válida até o julgamento final da denúncia na Comissão de Ética. A decisão foi tomada com base no trecho do estatuto que permite essa suspensão provisória quando há “risco de dano grave e de difícil reparação à imagem e reputação do Novo”.

“Estou com a camisa para mostrar que sou um membro do Novo. Fiz campanha e defendo as ideias do Novo, o partido tem deputados excelentes, tem bancadas não só no nível federal, mas nos estados com gente de altíssimo nível, bem preparadas, há um alinhamento todo nesse sentido”, Salles fez questão de esclarecer.

O ministro também relatou toda a tramitação no Conselho de Ética até o momento do requerimento oficial da suspensão de sua filiação, que ele classifica como algo “inacreditável”.

“O partido que diz ter como regra de governança ser o exemplo de postura se deixar manipular nesse sentido, e a manipulação tem uma origem óbvia, é preciso identificar o que está acontecendo por trás disso, essa é a questão principal”, ressaltou.

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