“Gostei muito de fazer o papel de Lula”, diz Ary Fontoura sobre filme da Operação Lava Jato

Johnny Drum/ Jovem Pan

Com mais de 20 filmes no currículo, Ary Fontoura estrelou mais uma produção que, antes mesmo de estrear, já deu o que falar. O ator topou o desafio de viver o ex-presidente Lula no filme sobre a Operação Lava Jato e, no Pânico na Rádio desta quinta-feira (8), contou como foi a experiência.

“Eu gostei muito de fazer o papel de Lula”, garantiu, ao defender que aceitou o personagem sem motivação política. “Aceitei como ator contratado e achei muito interessante de fazer”, falou.

Conforme Ary adiantou, o filme será o primeiro de uma trilogia. A primeira produção já traz a condução coercitiva do ex-presidente. “O filme é didático e mostra como a Lava Jato foi criada, que não foi para colocar o Lula na cadeira. Tudo o que acontece lá você já conhece”, explicou.

Apesar de o filme não ter nenhum envolvimento político, Ary revelou a dificuldade que a produção está enfrentando para ser lançada. “Está difícil de sair, há interesses conjugados e a política entra no meio”, disse ao condenar essa resistência que o filme tem recebido.

“Com ‘House of Cards’ os americanos falam dos problemas políticos deles com a maior simplicidade e nós aqui não podemos falar. Porquê? Porque aqui todo mundo deve alguma coisa”, avaliou.

“Num Lago Dourado”

Longe da TV, Ary Fontoura está se dedicando aos palcos. Ao lado de Ana Lucia Torre, ele está estrelando a peça “Num Lago Dourado”, do clássico dos anos 80. No Pânico, o ator revelou o que mais o tem emocionado nas apresentações.

“As pessoas têm se emocionado demais. Ficam aplaudindo depois do espetáculo e não querem ir embora. Eu nunca vi isso nos meus anos de carreira”, falou.

Para Ary, isso mostra uma certa “carência do povo brasileiro” e a demasiada emoção seria por conta do tema tratado na peça: um amor para a vida inteira.

“Num Lago Dourado” está em cartaz no Teatro Renaissance, em São Paulo, às sextas e sábados às 21h, e aos domingos às 18h.