Gustavo Mendes sobre treta com plateia em MG: ‘Pessoas articuladas para atrapalhar o show’

Em entrevista ao Pânico, Gustavo Mendes disse ter sido vítima de um ataque orquestrado em show em Minas Gerais

  • Por Jovem Pan
  • 04/09/2019 14h10
Jovem Pan Gustavo Mendes foi o convidado do Pânico nesta quarta-feira (4)

Gustavo Mendes afirmou, em entrevista ao Pânico, nesta quarta-feira (4), que foi vítima de um ataque orquestrado no show em Teófilo Otoni, em Minas Gerais. Na ocasião, espectadores se irritaram com o humorista e o xingaram. Mendes, então, expulsou as pessoas do teatro e prometeu devolver o dinheiro dos ingressos.

“Foram 30 pessoas articuladas via internet para atrapalhar o show de um comediante”, resumiu Gustavo Mendes. Ele afirmou que a confusão começou antes mesmo das piadas com o presidente Jair Bolsonaro. O comediante explicou que teve medo de que “isso se espalhasse” e houvesse mais casos do que ele classificou como censura.

Conhecido por fazer sátira da ex-presidente Dilma Rousseff, Gustavo disse que as pessoas começaram a ver nele um representante da petista. “Como as pessoas não conseguiam falar com a Dilma, eu virei o boi de piranha, as pessoas iam falar mal da Dilma para mim”, contou.

Apesar da identificação com ex-presidente, o comediante assegurou que tem uma boa relação com os eleitores de Bolsonaro. “O povo que mais me prestigia é o que votou no Bolsonaro”, disse. Ele também garantiu que os bolsonaristas conseguem entender as piadas que ele faz com o presidente. “Quem votou no Bolsonaro tem capacidade de separar a comédia do que é agressão de fato.”

Pobres de direita

Em um vídeo que circulou nas redes sociais após a confusão em Teófilo Otoni, Gustavo Mendes diz no palco que prefere ser “esquerda caviar” a um “pobre de direita”. No Pânico, ele afirmou que o pobre de direita é “um imbecil”.

“Você pode ser de direita se é dono do meio de produção”, disse Mendes. “Eles [a direita] pegam uma pauta moralista para empurrar goela abaixo seu modelo econômico”, continuou.

Para ele, a chave é dar condições aos pobres para que eles consumam. “Quando se dá condição para o pobre comprar, o Brasil acontece. Ele não se endivida porque a única coisa que o pobre tem é o nome”, defendeu.

Gustavo Mendes disse que não tem problemas com pessoas de direita, mas não quer fascistas em seus shows. “Ele [o pobre] não pode ser de extrema direita, neofascista”, afirmou o humorista.

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