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Historiadora explica influência dos EUA em recente crise no Oriente

Professora Arlene Clemesha no Pânico

A doutora em História e professora universitária  Arlene Clemesha  participou do Pânico desta quarta-feira (30) e falou sobre os conflitos no Oriente Médio. “São regiões artificialmente construídas como Estados nacionais”, falou sobre a influência dos ingleses no traçado dos países no século XX.

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“Traçaram linhas retas de fronteiras no Oriente Médio que não eram daquele jeito nem no Império Otamano”, disse sobre o fim da I Guerra Mundial. A colonização ocidental, explicou, foi motivada por interesses econômicos, sobretudo pela grande quantidade de petróleo na região.

Para a docente da Universidade de São Paulo (USP), o começo da crise atual remete a ocupação americana do Iraque em 2003 justificada pela caça as armas  químicas – jamais encontradas. “Foi o que detonou a situações atual que desfragmentou  grupos extremistas”, considerou.

A professora doutora explicou também que o Estado Islâmico é uma corrente ainda mais radical da Al-Qaeda “que penetrou no Iraque no contexto da ocupação americana”.

O fundamentalismo religioso é recente nos governos da região, mas começou a tomar mais força ainda após as revoltas conhecidas como “Primavera Árabe” em 2011. “Essa oposição foi sempre reprimida no século 20, com regimes militares e monarquias. O pai do atual presidente da Síria, fez até um massacre em 1982 em Hama e em uma semana matou 20 mil pessoas. Essa cidade era o berço da Irmandade Muçulmana”, citou.

Refugiados
A professora Arlene Clemesha  também comentou a situação de diversos refugiados sírios que tentam entrar na Europa. “O direito do refugiado é um direito humano básico. Qualquer pessoa que não pode viver em seu país tem o direito de ser recebido em outro”, explicou ao reclamar que “meios legais” de refúgio “não estão funcionando”.

Segundo a professora, a ideiade que os árabes são “bárbaros”, “violentos” e “terrorista” é usada como justificava de guerra e não deve ser aplicada aos cidadãos dos países em conflito. “Generalizou-se algo que não é irreal em relação a grupos. O Estado Islâmico é terrorista, o Al-Qaeda também. Mas  não é todo mundo, é ínfimo em relação a população”

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