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“Humor não tem limite”, diz Léo Lins sobre piadas polêmicas

Léo Lins no Pânico

Com cerca de 10 anos de carreira, Léo Lins nem pensava em fazer humor quando passou a se aventurar em escrever.

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“Comecei na faculdade, com uns 18 anos, sem pretensão de fazer stand-up, que nem existia aqui no Brasil. Aí comecei a anotar as besteiras que eu pensava, fui pesquisar e eu entendi que tinha uma mecânica, uma lógica. Me formei em educação física, se eu não fosse humorista, daria aulas de capoeira”, contou em entrevista ao Pânico, nesta terça-feira (10).

Conhecido por sua veia politicamente incorreta e sem desviar de assuntos polêmicos, o humorista foi duramente criticado nas últimas semanas ao ironizar o tema do Enem deste ano, sobre a violência contra a mulher.

“Eu não me incomodo, porque a intenção não foi agredir ninguém, eu fico muito tranquilo, de verdade. Para mim, piada errada é quando você faz piada sem graça. Quando eu escrevi este texto e quando eu escrevo uma piada, minha intenção é ser engraçado. Eu faço o que, para mim, é engraçado. Humor não tem limite, ele é ditado pelo local”, defendeu.

Para o processo criativo, Léo segue na contramão e se interessa mais em falar de coisas variadas do que de sua rotina: “Faço muito trabalho de pesquisa, cavar piadas em notícias, coisas que aconteceram pela mídia. É difícil eu contar coisas pessoais, ao longo dos anos fui percebendo isso”.

Sobre a nova safra de comediantes e com o formato de stand-up em alta, ele pondera e vê alguns problemas: “Eu realmente tenho críticas, acho que a coisa vai popularizando e eu vejo que algumas pessoas simplesmente querem chocar por chocar. Parece que tem humorista que quer receber um processo, chega e sai falando qualquer porcaria. Acho que isso é uma coisa que prejudica, é muito ruim para os humoristas de stand-up e para quem leva essa arte a sério. Tudo o que eu consegui foi devido a isso, então eu trato com muito respeito”.

Sapo Césio

Investindo também em outros nichos, o humorista escreveu o livro “Sapo Sésio – uma história de vida contagiante” e abriu um financiamento coletivo para conseguir chegar ao valor de R$ 36 mil de doações e publicar a obra.

“É a minha primeira empreitada na literatura, a ideia era fazer uma coisa diferente, histórias que nunca seriam publicadas, mas eu digo que ele é para todas as idades. Fiz o financiamento coletivo pelo Catarse, se não alcançar, não publico, ele fica lá no meu computador. A galera quer ler, mas não quer contribuir em nada”, justificou.

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