Nany People ataca fundamentalismo religioso na política: “se você não tomar atitude, toma conta”

Rodrigo Ramon/ Jovem Pan

A atriz Nany People defendeu o casamento gay durante participação no Pânico desta terça-feira (30). “Não é que todo mundo quer chegar vestido de noiva, é (uma luta para) que se tenha legalidade, igualdade e garantia de estabilidade do casamento”, falou.

A artista também atacou a investida de grupos fundamentalistas que acham errado a manutenção e garantia de direitos humanos no Brasil, sobretudo para população LGBT e outras minorias políticas. “Existem coisas que começa a ter burburinho e se você não tomar atitude, toma conta. Esta aí o nazismo que não me deixa mentir”, falou Nany ao elogiar o jornalista Ricardo Boechat que mandou pastor Silas Malafaia “procurar uma rola”.

A artista ativista da causa LGBT criticou também algumas pessoas que trocaram as fotos na última sexta-feira (26) com a aprovação do casamento gay em todos nos 50 estados norte-americanos. “Ai chega na hora de aceitar, tio que é gay, sobrinho que é gay, irmão que gay, não aceita”, reclamou para a equipe de Emílio Surita.

Nany People escreveu recentemente o livro de memórias “Ser Mulher Não É Para Qualquer Um”, que será vendido a partir da próxima semana em todo o Brasil. “Esse negócio de biografia não autorizada é uma canalhice”, falou. 

Sobre a vida pessoal, a atriz relembrou que teve que se impor na sociedade para poder se assumir. “No meu tempo ninguém era gay, todo mundo comia todo mundo, mas ninguém era gay. Não tinha nome para isso”, brincou a transexual. “Eu virei trans com 37 anos, eu tenho o que eu chamo de ‘clitóris de Itu’”, falou sobre o órgão sexual.