"Ninguém depende de venda de CD", decreta Samuel Rosa, vocalista do Skank

  • Por Jovem Pan
  • 24/02/2016 14h23
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Jovem Pan

Ícones do rock nacional, Samuel, Henrique, Lelo e Haroldo, os caras do Skank, participaram do Pânico desta quarta-feira (24) e abriram o jogo sobre a música brasileira e sobre a política do país .

Com 25 anos de carreira e vivendo num cenário musical multifacetado e multimídia, Samuel Rosa acredita que o Skank consegue sobreviver apenas de música. “Hoje tem tanto cara que você vê toda hora na TV, mas nem lembra do que ele canta”, analisa.

Para o vocalista, os músicos atuais já têm contato com o meio artístico muito antes de fazerem sucesso. Deixando, até, a carreira musical em segundo plano. “São poucos vocalistas de bandas brasileiras que não trabalharam na televisão em algum momento”, conta.

Atualmente, chama a atenção a quantidade absurda de show por mês dos artistas que vêm aparecendo, em especial os funkeiros. Samuel explica que, para o Skank, essa frequência não é necessária: “o grupo está em turnê desde 1993, esses caras estão na mídia há um, três anos”.

Rosa, no entanto, faz questão de reforçar que os shows não são tão espaçados assim: “o tempo maior que ficamos longe de um palco foram dois meses”.

Com tanto tempo de carreira, o mundo da música claramente é outro hoje. Já foi-se a era dos álbuns vendidos, mas, agora, é muito mais interessante que as canções estejam na boca do povo. “Ninguém depende da venda de CD”, analisou.

Henrique Portugal, tecladista, opinou sobre a extensão da carreira e de como cada geração possui o seu hit e a sua fase. “As letras do funk, por exemplo, retratam a vida do cara. O que eu acho estranho é ganhar tanta repercussão e as pessoas acharem isso normal”, disse.

Política

Conhecido defensor do mandato de Dilma Roussef, Samuel acredita que o país tem uma Constituição e deve segui-la. “A gente colocou um presidente lá. Então não vale nada o voto?”, questiona.

Para Rosa, o impeachment é um processo muito sério. “Se acontecer, teria que ser com muito critério. Antes de ser provado, já existia uma campanha para tirar ela”, concluiu.

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