Otoni de Paula confirma pré-candidatura à Prefeitura do Rio: ‘Precisamos quebrar a hegemonia da corrupção’
Em entrevista ao Pânico, deputado federal afirmou que país vive um momento de censura: ‘Como é que eu não posso criticar um ministro que eu pago o salário?’
Nesta segunda-feira, 10, o programa Pânico recebeu o deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ). Em entrevista, ele deu detalhes sobre o futuro de sua carreira política e afirmou que pretende ser candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro nas eleições de 2024. “Nessa eleição, como há um espinho na garganta da direita, vamos ter a eleição municipal mais contaminada pela pauta nacional da história. Esse foi o grande erro do presidente Bolsonaro, não ter participado efetivamente das últimas eleições municipais, que é um retrato das eleições nacionais. Bolsonaro sempre teve muito medo de usar o nome dele, não confiava em quem poderia usá-lo”, opinou. “Quando ele não entra, ele abre um vácuo. Esse vácuo a gente está vendo agora. O Rio de Janeiro virou caso de polícia, a gente só resolve isso quando pega o histórico de alguém e tenta fazer a aposta em quem tem uma vida pregressa limpa em relação a quem está no poder.”
Longe das redes sociais, o parlamentar fez críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro e sua condução da oposição. “Eu entendo que faltou controle do blefe. Blefar faz parte da guerra. Chega uma hora que você tem que parar de blefar, o negócio engrossa. Foi blefando e aí estamos onde estamos. Quem mais sofreu isso foi ele próprio. Nós não achávamos que a ditadura poderia vir da política, estamos vendo que não, a ponto de estarmos salvaguardando palavras, essa é a prova que estamos vivendo uma ditadura”, opinou. “Qual é o problema nessa história toda? Confundiu-se nesse país entre CPF e CNPJ. Quando eu critico o CPF de um ministro, é como se eu criticasse a instituição. Como é que eu não posso criticar um ministro que eu pago o salário dele? Não tenho esperança que a coisa mude a médio prazo, mas acredito que tivemos momentos piores nessa nação, e nós vencemos. Entendo que a gente precisa quebrar a hegemonia da corrupção, da patifaria política. A gente só consegue fazer isso acreditando que podemos ter dias melhores do que esse”, concluiu.
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