Para Carlos Bertolazzi, a moda da “gourmetização” foi longe demais: “se banalizou”
Um dos maiores chefs do País, Carlos Bertolazzi marcou presença no Pânico na Rádio desta quarta-feira (14) e, como não poderia deixar de ser, deixou todos com água na boca ao contar de suas experiências culinárias. O cozinheiro contou quais foram os pratos mais exóticos que já comeu e saiu em defesa do fim do “raio gourmetizador”.
“Se banalizou muito, banalizou até a palavra ‘gourmet’”, opinou Bertolazzi. “Eu acho exagerado, mas não sou contra melhorar um prato ou preparar diferente”, falou.
O próprio chef deu exemplo de uma criação sua que saiu do convencional, mas não rotulou de “gourmet”. “Uma vez eu fiz uma coxinha, mas ao invés de frango, diz de pato. Isso não é gourmet, só mudei a carne”, falou.
Conhecido como “Gordon Ramsey brasileiro” desde que apresentou a versão nacional do “Hell’s Kitchen” no SBT, Bertolazzi falou sobre sua saída do programa e substituição pela chef Danielle Dahoui.
“Eles quiseram adequar o tom [do programa] para o sábado à noite, que tem um público feminino maior, principalmente porque vem direto do ‘Esquadrão da Moda’”, contou. “Comigo, o tom era mais pesado e com a Dani o espírito é mais maternal, para deixar o tom mais leve”, explicou.
Agora, ele está no ar em “Fábrica de Casamento” no SBT e se divertiu ao falar das diferenças entre os dois programas. “Em ‘Hell’s Kitchen’ eu destruía sonhos os de uma pessoa e saia até mal. Agora a gente realiza sonhos de duas pessoas e eu choro mesmo. Virei um cupido, quase um casamenteiro”, brincou.
Antes de se aventurar na TV, Bertolazzi contou uma de suas preparações para aparecer na telinha: perder alguns quilos. “Quando você vai para a TV aberta você pensa ‘meu deus’. Aí eu emagreci”, disse ao brincar com a “dificuldade do processo”. “Você vai em restaurante de amigos e eles mandam 14 pratos. Não dá”, se divertiu.
Acostumado a servir os mais diversos cardápios em seus buffets, o chef, que já provou os mais diferentes tipos de carne que vão do pombo ao cavalo, indicou o prato chave para não decepcionar em nenhum evento: estrogonofe. “O estrogonofe mesmo ruim é bom. Não tem erro”, falou.
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