‘Paulo Guedes não vai pular do cavalo’, diz Eduardo Bolsonaro

Segundo Eduardo, Guedes não está no governo ‘por ocasião ou por oportunismo político’, mas ‘está se sacrificando para estar dentro do governo’

  • Por Jovem Pan
  • 13/08/2020 14h15 - Atualizado em 13/08/2020 14h29
Edu Andrade/Ascom/ME O ministro da Economia Paulo Guedes vai seguir no governo, segundo Eduardo Bolsonaro

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, disse, em entrevista ao Pânico nesta quinta-feira (13), que o ministro da Economia, Paulo Guedes, não vai deixar o governo. “Paulo Guedes não pula do cavalo”, garantiu. “Isso ficou bem emblemático com o convite que o aproveitador João Doria fez para que ele saísse do governo”, disse, citando que isso teria acontecido na época em que o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro deixou o cargo. Segundo Eduardo, Guedes não está no governo “por ocasião ou por oportunismo político”, mas “está se sacrificando para estar dentro do governo”.

Os rumores sobre uma saída de Paulo Guedes do governo foram reforçados após o pedido de demissão de Salim Mattar da Secretaria de Desestatização e de Paulo Uebel da Secretaria de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, nesta semana. Em uma entrevista coletiva, o ministro ainda disse que o presidente Bolsonaro corria risco de impeachment se não seguisse o teto de gastos. Eduardo, no entanto, afirmou que o pai sabe muito bem o que está fazendo. “Se tem alguém que não é bobo é o presidente Jair Bolsonaro”, disse. “Ele vai continuar respeitando o teto dos gastos. Pode até receber conselhos indicando o contrário, mas não vai seguir”, explicou.

Para o parlamentar, a crítica pública de Guedes foi boa. “Que boa que foi essa crítica pública do Paulo Guedes. Ele chamou a atenção e o presidente respondeu”, disse, citando a entrevista coletiva que Bolsonaro fez ao lado dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, reforçando o comprometimento com o teto de gastos. “O governo é plural. Dentro do governo existem debates, opiniões, tem gente que pensa igual aos anos 1970. Mas quem manda na economia é o Paulo Guedes”, garantiu o deputado federal. Ele afirmou que apesar das opiniões divergentes, todos querem a mesma coisa: o melhor para o Brasil. “A gente não quer hiperinflação e um país sem crédito.”

China

Ainda na entrevista, Eduardo Bolsonaro falou sobre a relação com a China, um dos principais parceiros comerciais do Brasil. O deputado federal se envolveu em polêmica ao criticar o país asiático pela pandemia da Covid-19. “Quem que me garante que daqui a 10, 15 ou 20 anos não terá a mesma pandemia de novo? A gente exige que a China tenha uma conduta mínima sanitária e ética”, disse, atentando para o fato de que “parte do PIB da China vem de falsificações”. O parlamentar disse que não quer “de maneira nenhuma” cortar relações com os asiáticos, mas afirmou que tem o direito de tecer críticas. Ele também comentou a conduta do embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, que atacou a família Bolsonaro após uma fala do própria Eduardo. “Achei arriscado o que o embaixador fez com o presidente da República”, disse. “Eu acredito que a china deveria ter um embaixador mais apresentável.”

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.