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Por medo de ser barrado, autor escreveu livro sobre Silvio Santos sem falar com apresentador

Fernando Morgado no Pânico

“Ma oe!” Um dos pilares da televisão brasileira, Silvio Santos é um dos apresentadores mais queridos do país. O início da carreira, os vários negócios, o começo do SBT, a candidatura à presidência: são todos fatos marcantes da vida de Silvio que persistem no imaginário brasileiro e o jornalista Fernando Morgado, que esteve no Pânico na Rádio nesta quarta-feira (10), mergulhou na história do apresentador para a biografia “Silvio Santos, a Trajetória do Mito”.

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A biografia ganhou destaque no último mês quando o SBT passou a exibir comerciais sobre o livro, algo que pegou o próprio jornalista de surpresa, já que ele mesmo nunca conheceu Silvio Santos.

“Nunca vi o Silvio na vida e a única reação que recebi dele foi a propaganda no SBT. Imagino que seja porque ele gostou porque nunca tive nenhum pronunciamento dele”, contou. Para o livro, Fernando decidiu não entrevistar o apresentador. O motivo? O histórico de Silvio de recusar biografias sobre sua vida.

“Ele já negou 10 propostas de biografia e pensei ‘não vou correr esse risco’”, falou. A pesquisa, então, partiu de entrevistas do apresentador. “Pesquiso TV há 15 anos e tinha muito material sobre ele. Organizei as maiores entrevistas dele em temas e subtemas”, explicou.

Entre as histórias da vida de Silvio que figuram no livro estão os bastidores da gravação de sua campanha para a presidência, sua relação com os presidentes do país e alguns assuntos pessoais que o apresentador evita comentar em público.

“Me surpreendeu [Silvio ter gostado da biografia] porque falo de coisas que ele não fala publicamente, como a adoção da segunda filha dele, a Silvinha”, comentou.

Sobre a fase “sem filtro” de Silvio Santos, o autor avaliou se tratar de uma estratégia. “O que ele fala pode ser espontâneo, mas esse posicionamento atual é pensado talvez até para chegar em um público jovem que ele não conseguia alcançar”, opinou.

E a forma como seus comentários ácidos “passam batido” pelos telespectadores se deve ao carisma do apresentador. “Há uma boa vontade seletiva com ele. O carisma justifica o fato de ele não ser tão criticado quanto poderia ser“, comentou.

E além do SBT, Morgado insiste que a influência de Silvio em outras emissoras, como a Globo, é grandiosa. “A audiência que a Globo tem hoje se deve a programação popular que fizeram aos domingos com Silvio Santos das 11h às 20h”, afirmou.

Em “Silvio Santos, a Trajetória do Mito”, Fernando Morgado não traz a história linear da vida do apresentador. Ao invés, ele traz olhares sobre “as 5 personalidades” dele: empresário, animador, dono do SBT, político e homem comum.

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