Especialista conta que houve aumento da procura por congelamento de óvulos durante a pandemia

Em entrevista ao Podcast Mulheres Positivas, o médico Daniel Zylbersztejn também explicou por que é necessário abordar o assunto com mulheres antes dos 30 anos

  • Por Jovem Pan
  • 01/05/2022 08h00 - Atualizado em 15/02/2023 18h57
Nana Feller/Arquivo Pessoal Estúdio da Jovem Pan com um homem e três mulheres O médico Daniel Zylbersztejn, a influenciadora digital Mariana Veloso (ao lado dele), a apresentadora Nana Feller (de óculos) e a advogada Gisele Contart durante gravação do podcast Mulheres Positivas

No episódio da semana do Podcast Mulheres Positivas, Nana Feller convidou a influenciadora digital Mariana Velloso, a advogada Gisele Contart e o médico Dr. Daniel Zylbersztejn, que tem PHD em reprodução humana e é coordenador do Fleury Fertilidade. Os convidados falaram sobre as dúvidas e o tabu que ainda gira em torno do processo de congelamento de óvulos. A host Nana Feller questionou sobre o momento ideal para passar pelo processo, e o Dr. Zylbersztejn explicou sobre a importância de tratar deste tema quando a mulher é mais jovem, e os óvulos, mais saudáveis. “A qualidade energética e genética do óvulo está muito relacionada à idade da mulher. Dos 20 aos 28 anos é o auge do potencial reprodutivo. Depois dos 28 anos, a reserva ovariana lentamente começa a cair. Chegando aos 35, esta queda é mais acentuada.” 

Mari Velloso, que está com 27 anos, conta que começou a se interessar pelo tema porque está num momento importante da sua vida profissional e não planeja ter filhos num futuro próximo. “O meu trabalho tem muito a ver com a minha imagem. A gente acaba postergando isso, mas esse assunto está sempre no meu coração e fica a dúvida se sou fértil”, destacou. Esta é a realidade de muitas mulheres contemporâneas. Se antes elas tinham filhos com 20 e poucos anos, hoje a maioria espera para depois dos 30. Mas a biologia não acompanha este avanço, e é aí que entra a ciência.

A advogada Gisele Contart trouxe a sua experiência quando decidiu iniciar o processo de congelamento. Nos exames solicitados pelo médico, descobriu um câncer na tireoide. Ela teve que interromper o congelamento para tratar a doença. “Eu saí do consultório médico sem a indicação do tratamento para fazer o congelamento de óvulos, mas com indicação de cirurgia para tirar o câncer”, contou.  A decisão da Gisele de congelar os óvulos veio durante a pandemia, como aconteceu com muitas mulheres. Zylbersztejn relatou um crescimento de mais de 60% na busca pelo processo nas clínicas de fertilidade. “Nós nunca congelamos tantos óvulos como nos últimos dois anos”, disse o médico. O episódio do Podcast Mulheres Positivas traz bastante informações com a intenção de empoderar mulheres para fazerem suas próprias escolhas.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.