Operação da Polícia Civil prende quadrilha que traficava drogas no aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos. Entre os detidos por carregar as malas com os entorpecentes, estão dois funcionários e um ex-empregado da companhia aérea LATAM.
As investigações apontam que o grupo chegava com as bagagens pelo Terminal 2 e seguia até o três, onde ocorrem os embarques internacionais.
As malas tinham as etiquetas trocadas e eram levadas para os aviões sem passar pelo raio-x. A quadrilha chegava a movimentar 2,5 milhões de euros por semana em drogas, o equivalente a quase R$ 9 milhões.
O titular da Delegacia do Terminal de Guarulhos, Luis Alberto Guerra, explicou ao repórter Anderson Costa qual era o papel dos funcionários da empresa aérea: “esses funcionários que foram presos trabalham no Terminal 3. Não tinham nada que estar no temrinal 2. Estavam lá para tirar essas malas do fluxo normal”.
A quadrilha foi presa quando se preparava para enviar entorpecentes para Johannesburgo, na África do Sul, e também para Londres.
O diretor do Departamento de Capturas, Osvaldo Nico Gonçalves, ressaltou a dificuldade desse tipo de investigação: “eles tiravam do setor doméstico. Falsificavam uma etiqueta e colocavam no internacional e de lá que conseguiam mandar para fora. Difícil prender, porque é área interna do aeroporto”.
Dezessete quilos de cocaína foram apreendidos; mais funcionários do aeroporto podem estar ligados ao tráfico, agora apurado pela Polícia Federal. Em nota, a LATAM declarou que “está colaborando de forma proativa e preventiva com as autoridades nas investigações”.