Jovem Pan
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Se tiver indícios de crime Temer vai ser afastado, diz vice-líder do governo

Beto Mansur

O vice-líder do governo na Câmara Beto Mansur (PRB-SP) espera que a tramitação da denúncia contra o presidente Michel Temer seja rápida porque, em sua visão, “isso atrapalha a vida da população brasileira”.

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“Tem uma crise política e o interesse de corporações na aprovação de uma série de medidas”, diz, sobre a pauta econômica paralisada no Congresso. Mansur disse esperar o contraditório da defesa de Temer em relação à denúncia de corrupção passiva apresentada por Janot. “A gente não pode deixar também de ter o contraditório. A função da PGR é uma função acusatória”, diz. “O presidente Michel Temer quer se defender, vai se defender”.

Mansur afirma, no entanto, que “não compactua com corrupção” e deixa em aberto a possibilidade de a denúncia contra o presidente ser admitida na Câmara, o que levaria ao afastamento de Temer do Planalto por 180 dias.

“Não é porque sou vice-líder do governo, que vou compactuar com coisa errada. Eu não compactuo com coisa errada porque não faço coisa errada”, afirmou Mansur. “Vamos procurar dar uma celeridade. Ou condena o presidente pelos atos que cometeu ou se absolve. Agora, ninguém vai compactuar com corrupção”.

“Se tiver indícios de que o presidente da República cometeu delito, ele vai ser afastado e assume por até seis meses o presidente Rodrigo Maia, o presidente da Câmara”, afirmou Mansur em entrevista exclusiva à Jovem Pan nesta terça-feira (27). 

“Se tiver dúvidas, ou se o relatório eventualmente sair da CCJ negando a denúncia, ou contra a denúncia, possivelmente ele seja inocentado no Plenário”, contrapôs.

O vice-líder do governo na Casa deu ainda a entender que parlamentares aliados a Temer podem faltar no dia de votação plenária da denúncia. O governo não precisa de 171 votos. Quem quiser colocar a denúncia e dar continuidade à denúncia precisa colocar 342 votos no plenário”, raciocinou.

Até a manhã desta terça, Mansur afirma ter dado muitas entrevistas sobre a denúncia, mas ainda não tinha lido a peça de Janot contra Temer. “Vou ler hoje com muita atenção”, garante.

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