Antidepressivo Vortioxetina mostra potencial no tratamento de tumores cerebrais

Fase de teste indica que o remédio poderá ser útil no combate ao glioblastoma, um tipo de câncer agressivo e sem cura; pesquisa avaliou 130 substâncias diferentes em amostras de tecido tumoral de 40 pacientes

  • Por da Redação
  • 20/09/2024 19h50
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Freepik Assistente de saúde cuidando de uma paciente Até o momento, a vortioxetina foi testada apenas em culturas celulares e em modelos animais

Encontrar medicamentos eficazes para o tratamento de tumores cerebrais é um desafio, uma vez que muitos fármacos não conseguem atravessar a barreira hematoencefálica. Nesse contexto, neuro-oncologistas estão em busca de alternativas mais eficazes. Recentemente, uma equipe de pesquisadores da ETH Zurich identificou que a vortioxetina, um antidepressivo já aprovado, pode ter potencial no combate ao glioblastoma, um tipo de tumor cerebral agressivo e sem cura. A pesquisa, publicada na revista Nature Medicine, avaliou 130 substâncias diferentes em amostras de tecido tumoral de 40 pacientes.

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Os resultados mostraram que a maioria dos antidepressivos testados apresentou eficácia contra as células tumorais, com a vortioxetina se destacando entre eles. Em experimentos realizados com camundongos, o medicamento demonstrou resultados promissores, especialmente quando utilizado em conjunto com tratamentos convencionais. Os cientistas têm planos para conduzir dois ensaios clínicos em humanos.

Um dos estudos irá avaliar a combinação da vortioxetina com o tratamento padrão, enquanto o outro focará em uma abordagem personalizada,utilizando uma seleção específica de medicamentos. Michael Weller, um dos coautores da pesquisa, enfatiza que a vortioxetina é um medicamento seguro e de baixo custo, mas adverte sobre os riscos da automedicação, uma vez que os resultados ainda são preliminares e a dosagem ideal não foi estabelecida.

Até o momento, a vortioxetina foi testada apenas em culturas celulares e em modelos animais, mas os pesquisadores mantêm a esperança de que esses avanços possam levar a novas opções de tratamento para pacientes com glioblastoma.

*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Keller

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