Anvisa analisa antiviral para tratar varíola dos macacos
Ação acontece após pedido do Ministério da Saúde; prazo para a conclusão do procedimento é de sete dias
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analisa o antiviral tecovirimat, da empresa SIGA Technologies para tratar dos pacientes com varíola dos macacos. A ação acontece após pedido do Ministério da Saúde. O prazo para a conclusão do procedimento é de sete dias. De acordo com a agência, todos os esforços serão aplicados na condução do trâmite de avaliação e decisão. A decisão final será dada pela Diretoria Colegiada da Anvisa. Antes disso, a Comissão Técnica da Emergência Monkeypox vai analisar as características essenciais do medicamento e conferir se são as mesmas aprovadas pelas autoridades reguladoras estrangeiras, tais como fabricante, concentração, forma farmacêutica, indicações terapêuticas, contraindicações, posologia, população alvo, via de administração e modo de uso, entre outras informações.
Na noite de terça-feira, 23, o Ministério da Saúde enviou um pedido à Anvisa para analisar e liberar o uso da vacina Jynneos contra a varíola dos macacos. O imunizante, fabricado pela empresa Bavarian Nordic, com sede na Dinamarca, já é usado em outros países. Na última sexta-feira, 9, a agência sanitária aprovou, por unanimidade, a dispensa de registro para importação de medicamentos e vacinas que combatem a doença. A medida tem por objetivo simplificar a análise documental e facilitar a liberação tanto dos medicamentos quanto das vacinas. Desta forma, o Ministério da Saúde pode solicitar à agência a dispensa de registro de medicamentos ou imunizantes que tenham sido aprovados por autoridades internacionais. A decisão tem caráter temporário. No caso da vacina Jynneos, o processo de avaliação também passará pela Comissão Técnica da Emergência Monkeypox criada pela Anvisa.
Até o momento, o Brasil registra 3.896 casos positivos da varíola dos macacos e uma morte. Disparado na liderança, o Estado de São Paulo computa 2.528 casos. Na sequência aparece o Rio de Janeiro com 445 casos, Goiás (260), Minas Gerais (206) – onde teve o único óbito – e o Distrito Federal (156). A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, no último mês, estado de emergência de saúde pública em relação a doença.
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