Imunidade natural após superar Covid-19 permanece ‘sólida’ por meses, aponta estudo

Pesquisa foi publicada na revista científica The Lancet; principal autor da análise ressalta que a vacinação é o caminho mais simples e seguro de adquirir a imunidade

  • Por Jovem Pan
  • 17/02/2023 05h53 - Atualizado em 17/02/2023 08h17
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TOMZÉ FONSECA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO covid-19 no Brasil Em dois anos com a Covid-19, Brasil registrou primeiro dia sem mortos pelo coronavírus na última semana

A imunidade natural contra a forma mais grave da Covid-19, com hospitalização ou morte, que é adquirida após superar o vírus, permanece “sólida” por meses e é eficaz contra todas as variantes do vírus, segundo indica uma meta-análise publicada pela revista “The Lancet“. Nos meses posteriores à infecção, a imunidade permanece igual ou superior a 88%, com base na análise de 65 estudos diferentes realizados em 19 países. O trabalho sugere que o nível e a duração da proteção contra reinfecção, doença sintomática e doença grave são pelo menos comparáveis ​​aos oferecidos por duas doses de vacinas de mRNA, como as da Moderna e da Pfizer-BioNtech no caso das variantes alfa, delta e ômicron. “A vacinação é a maneira mais segura de adquirir imunidade”, enfatizou à revista o principal autor da análise, Stephen Lim, pesquisador da Escola de Medicina da Universidade de Washington. “Adquirir imunidade natural deve ser ponderado em relação aos riscos de doenças graves e morte associadas à primeira infecção”, alertou o especialista.

A proteção da imunidade natural contra a reinfecção é de cerca de 85% em dez meses no caso das variantes alfa e delta, enquanto no caso da ômicron BA.1 essa salvaguarda cai para 36% após esse período de tempo. No entanto, a proteção é de 90% em dez meses nas variantes alfa e delta contra hospitalização e morte, e de 88% no caso da ômicron BA.1, segundo o estudo. A proteção mais fraca no caso da variante ômicron e suas subvariantes “reflete mutações que lhes permitiram escapar da imunidade mais facilmente do que outras variantes”, explicou Hasan Nasserldine, coautor do artigo.

*Com informações da EFE

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