Queimadas afetam saúde de 40% da população em Belo Horizonte e São Paulo
Mais de dois terços dos entrevistados de quatro cidades acreditam que a resposta das autoridades aos incêndios é insuficiente
Após um período prolongado de queimadas, uma pesquisa recente revelou que cerca de 40% da população de Belo Horizonte e São Paulo percebeu um impacto significativo em sua saúde. No Rio de Janeiro, essa porcentagem é de 29%, enquanto em Recife, 27% dos moradores relataram problemas de saúde relacionados à fumaça. Conduzida pelo Datafolha nos dias 17 e 18 de setembro, a pesquisa mostrou que 56% dos habitantes de Belo Horizonte se sentiram bastante afetados pelas queimadas. Em São Paulo, esse número é de 47%. Já no Rio de Janeiro e em Recife, os índices de impacto na saúde são menores, com 33% e 37%, respectivamente. A média de impacto na saúde foi avaliada em 7 nas cidades de Belo Horizonte e São Paulo, enquanto no Rio e Recife a média foi de 6. A qualidade do ar em São Paulo foi considerada insalubre, com uma concentração de partículas PM2.5 atingindo 68,6 μg/m³ no dia 8 de setembro, o que agrava a situação de saúde pública.
Além disso, mais de dois terços dos entrevistados nas quatro cidades acreditam que a resposta das autoridades às queimadas é insuficiente. A avaliação mais crítica recai sobre os governos estaduais, com 74% dos eleitores afirmando que os governadores não estão tomando as medidas necessárias. Em São Paulo, a gestão municipal também recebeu uma avaliação negativa, com 75% dos participantes insatisfeitos. Por fim, a pesquisa indicou que aproximadamente 81% dos entrevistados consideram a atuação da sociedade civil em relação às queimadas inadequada. Essa percepção reflete uma preocupação generalizada com a falta de ações efetivas para mitigar os efeitos das queimadas e proteger a saúde da população.
publicado por Patrícia Costa
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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