‘Assassinato brutal de ex-delegado mostra o nível de violência no Brasil’, diz Lewandowski

Ministro da Justiça e Segurança Pública lamentou a morte de Ruy Ferraz Fontes e garantiu que o governo federal está à disposição do estado de São Paulo para colaborar nas investigações 

  • Por Jovem Pan
  • 16/09/2025 13h33
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Robson Alves/MJSP Ministro Ricardo Lewandowski prestou solidariedade pelo assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil Ruy Ferraz Fontes, ocorrido nesta segunda-feira (15), na cidade de Praia Grande, no litoral paulista. Foto: Robson Alves/MJSP Ministro Lewandowski prestou solidariedade pelo assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil Ruy Ferraz Fontes

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou, nesta terça-feira (16), ao chegar à Câmara dos Deputados, que entrou em contato com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, para prestar solidariedade pelo assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil Ruy Ferraz Fontes, ocorrido ontem, na cidade de Praia Grande, no litoral paulista. Lewandowski garantiu que o governo federal está à disposição do estado para colaborar nas investigações. “Liguei hoje para o governador de São Paulo, prestando a minha solidariedade pessoal, não só ao policial morto e à família, mas a todas as forças de segurança do estado. Nós nos colocamos à disposição do estado”, afirmou o ministro.

“O assassinato do ex-delegado-geral Ruy Fontes, em São Paulo, muito nos preocupa, realmente, porque foi um assassinato brutal. Isso mostra um nível de violência que, infelizmente, graça aqui no Brasil e também em outros países. Não é uma exclusividade do Brasil”, disse. De acordo com o ministro, o Ministério da Justiça e Segurança Pública já adotou as providências cabíveis em sua esfera de atuação. A Polícia Federal Ministro fala em “nível brutal de violência” e oferece apoio federal após execução de ex-delegado em SP.

O ministro assegurou que sua pasta já tomou as medidas necessárias e está pronta para oferecer suporte técnico, se solicitado. Esse suporte inclui acesso a um banco de dados balísticos, tecnologias periciais e inteligência estratégica. Lewandowski enfatizou que a Polícia Civil de São Paulo permanece responsável pelas investigações. “As investigações estão em andamento, não há nada concreto ainda, mas certamente serão bem conduzidas pela Polícia de São Paulo, com o apoio, se necessário, do governo federal e das forças federais, caso sejamos acionados para tal”, declarou.

Ao abordar a onda de violência em São Paulo e os recentes homicídios, Lewandowski salientou que o crime organizado é um problema transnacional que exige uma resposta coordenada internacionalmente. “Isso é algo muito sério. Quero ressaltar que também é consequência da disseminação de armas, especialmente as de uso restrito. Em um passado recente, houve uma política de proliferação descontrolada dessas armas. O governo atual está agora buscando estabelecer um controle mais rigoroso.”

“Muitas vezes, essas armas estão com pessoas honestas e de boa-fé, como atiradores, caçadores e colecionadores, mas, na maioria das vezes, elas caem nas mãos do crime organizado”, afirmou. O ministro também ressaltou a recente inauguração do Centro de Cooperação Policial Internacional em Manaus, que reúne representantes das forças de segurança dos nove países que fazem fronteira com a Amazônia Legal, além dos estados brasileiros da região. O propósito é intensificar o combate a crimes transnacionais, como tráfico de drogas e armas, e o crime organizado regional.

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Lewandowski está na Câmara para debater a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, que visa aprimorar a integração entre os órgãos de segurança em todo o Brasil. “Essa proposta busca justamente integrar todas as forças nacionais no combate a este flagelo que é o crime organizado”, finalizou o ministro.

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