Dólar chega a R$ 5,43 e Bolsa cai após incertezas fiscais e fala de Lula sobre o mercado financeiro

Presidente disse em evento internacional que não dá para discutir economia ‘sem colocar a questão social na ordem do dia’; investidores estão receosos com gastos públicos no Brasil

  • Por da Redação
  • 12/06/2024 13h50 - Atualizado em 12/06/2024 18h35
Cris Faga/Estadão Conteúdo Dólar fechou praticamente estável com piora da pandemia e ata do Banco Central Dólar bateu R$ 5,43 e depois recuou para R% 5,38 nesta quarta-feira (12)

O dólar voltou a subir nesta quarta-feira (12), atingindo a marca de R$ 5,430 — recuando para 5,38 por volta das 13h30 —, enquanto a Bolsa de Valores do Brasil apresentava queda. O mercado estava atento à decisão de política monetária do Fed, o banco central dos Estados Unidos, que será divulgada mais tarde. A expectativa é que as taxas de juros americanas sejam mantidas entre 5,25% e 5,50%, porém há dúvidas sobre os próximos passos do Fed. No Brasil, as incertezas em relação à política econômica continuavam preocupando os investidores. O enfraquecimento político do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é um dos motivos. Além disso, o Congresso Nacional havia rejeitado uma medida do governo que visava restringir o uso de créditos tributários por empresas. Também pesou a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no FII Priority Summit. O petista disse que não dá para discutir economia “sem colocar a questão social na ordem do dia” e destacou que o “mercado não é uma entidade abstrata, apartada da política e da sociedade”. As declarações irritaram o mercado.

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Apesar de momentos positivos no mercado local, com a divulgação de que a inflação nos Estados Unidos havia caído para 3,3% em maio, as notícias não foram suficientes para manter o otimismo. O dólar voltou a subir em relação ao real, e o Ibovespa registrou queda, com os riscos fiscais limitando os ganhos. Enquanto isso, os índices americanos atingiam níveis recordes. A expectativa era de que o Fed mantivesse uma postura mais conservadora, considerando os dados positivos sobre o mercado de trabalho nos EUA. A proximidade das eleições americanas e a previsão de desastres naturais também estavam entre os fatores que influenciavam as decisões do banco central. O mercado continuava atento às movimentações tanto no Brasil quanto no exterior, em meio a um cenário de incertezas e volatilidade.

Publicada por Felipe Cerqueira

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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