Fed mantém juros e destaca ‘ausência de novos avanços’ para meta de inflação

Jerome Powell, presidente do banco central americano, destacou que os Estados Unidos deverão levar mais tempo para realizar os cortes

  • Por Jovem Pan
  • 01/05/2024 18h42
MICHAEL REYNOLDS/EFE/EPA O presidente do Conselho do Federal Reserve dos EUA, Jerome Powell, dá uma entrevista coletiva após uma reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto, no edifício William McChesney Martin Jr O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, dá entrevista coletiva após reunião que determinou manutenção na taxa de juros dos EUA

O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, decidiu nesta quarta-feira (1º) manter as taxas de juros na faixa entre 5,25% e 5,50%. Após a reunião do Comitê de Política Monetária, o Fed destacou a “ausência de novos avanços” em relação à sua meta de inflação. Uma novidade anunciada foi a decisão de começar a reduzir mais lentamente seu volume de ativos em carteira a partir de junho. Esse movimento indica um início de flexibilização da política monetária do banco central. Durante a pandemia, o BC americano aumentou sua participação no mercado para fornecer liquidez e apoiar a economia. Agora, gradualmente, está se desfazendo de títulos do Tesouro para retirar dinheiro do mercado. “A inflação ainda está muito alta. Progressos adicionais para derrubá-la não estão garantidos, e o caminho a seguir é incerto. É provável que ganhar maior confiança demore mais do que o esperado anteriormente”, disse o presidente do Fed, Jerome Powell. “Acho improvável que o próximo movimento seja uma elevação da taxa.”

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Manter as taxas elevadas tem o objetivo de desencorajar o crédito, que impulsiona o consumo e os investimentos, e assim reduzir as pressões inflacionárias. Anteriormente, os mercados esperavam uma redução das taxas a partir de junho. Agora, essa expectativa foi adiada para setembro ou mesmo novembro, de acordo com informações do CME Group. Nancy Vanden Houten, economista da Oxford Economics, comentou que o Fed aguardará “vários meses de boas notícias em termos de crescimento salarial e inflação” antes de considerar um corte nas taxas de juros.

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