Paul Watson, maior ativista contra a caça de baleias do mundo, é preso na Dinamarca

Canadense foi algemado pela polícia e deverá passar por um tribunal distrital; ele corre o risco de ser extraditado para o Japão

  • Por Tamyres Sbrile
  • 22/07/2024 14h25
Reprodução/Instagram/@seashepherdbrasil Paul Watson é preso na Dinamarca Paul Watson foi um dos fundadores do Greenpeace

Paul Watson, conhecido mundialmente por ser um dos maiores combatentes da caça de baleias, foi preso no último domingo (21), pela polícia dinamarquesa. A prisão só ocorreu devido a um antigo mandado internacional de prisão que foi emitido pela Interpol há cerca de 12 anos. O pedido partiu do Japão. O momento da prisão foi logo após a aportarem do barco do canadense que entrou em Nuuk, na região da Groenlândia. A parada era para reabastecer, já que Watson estava a caminho do Pacífico Norte, onde iria monitorar a captura de baleias pelo novo navio japonês, Kangei Maru, lançado recentemente.

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O ambientalista de 76 anos foi algemado por agentes policiais e encaminhado para a detenção na capital da Groenlândia, região pertencente a Dinamarca. Watson deverá se apresentar em um tribunal distrital e corre o risco de ser extraditado para o país japonês, já que foi eles que solicitaram a prisão do fundador da Sea Shepeherd por ataques de ativistas que estavam em responsabilidade de Watson em casos contra barcos baleeiros japoneses em 2010, na Antártica.

 Nas redes sociais do Sea Shepeberd Brasil, os ativistas brasileiros tem acompanhado o caso e se posicionado a favor da soltura de Watson. “A Sea Shepherd Brasil repudia este ato do governo Dinamarquês, que pune um grande defensor que luta de maneira não-violenta por décadas para proteger as baleias de nossa ganância sem sentido”, escreveram em publicação nas redes sociais.

“De fato focar a fiscalização para apreender os grandes ilegais que destroem o oceano, como o próprio Governo do Japão que seguiu seu descumprimento de leis matando centenas de baleias no Santuário da Antártica por anos, ou o Governo Dinamarquês, que permite matanças anuais de centenas de baleias por ano de maneira bárbara pela justificativa de ‘cultura’, em vez de apreender uma pessoa que há mais de 50 anos dá a sua vida pela proteção do oceano e a vida marinha que o habita. Qual o perigo e destruição maior?”, diz outro trecho da postagem.

O barco do ambientalista iria seguir o percurso do Kangei Maru, que tem como objetivo capturar baleias na costa do Japão, visto que o país ainda é um dos únicos três do mundo que ainda caça estes animais, incluindo Islândia e Noruega.

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