Seca impede navegação noturna na Amazônia

Se o nível dos rios continuar a baixar, a locomoção, o comércio e serviços essenciais como saúde e educação podem ser comprometidos

  • Por Jovem Pan
  • 03/07/2024 13h26
SUAMY BEYDOUN/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO Marina do Davi, zona oeste da cidade de Manaus na manhã desta sexta-feira (21) um dos locais mais afetados pela seca recorde de 2023 Marina do Davi, zona oeste da cidade de Manaus, um dos locais mais afetados pela seca recorde de 2023

A estiagem na Amazônia, que já dura 12 meses, tem causado sérios problemas na região. A precipitação foi 30% menor do que a média, afetando diretamente a população ribeirinha. A navegação noturna está suspensa e, se o nível dos rios continuar a baixar, a locomoção, o comércio e serviços essenciais como saúde e educação podem ser comprometidos. As hidrovias, que são vitais para o transporte de produtos para outras regiões, também estão em risco, o que pode impactar o comércio em geral. A falta de chuvas na Amazônia, que se estende até setembro, pode comprometer o abastecimento de água potável e a geração de energia no país, já que a região abriga 17 hidrelétricas. A conta de luz já está mais cara devido à bandeira amarela, e as temperaturas podem subir em todo o Brasil. Embora a Amazônia seja chamada de “pulmão do mundo”, ela consome quase todo o oxigênio que produz. No entanto, a floresta desempenha um papel crucial no resfriamento do ar e na regulação do clima, absorvendo 140 milhões de toneladas de gás carbônico por ano.

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A Amazônia é um dos biomas mais importantes do planeta, cobrindo apenas 7% da superfície da Terra, mas abrigando mais da metade da biodiversidade mundial. O desmatamento, leis frágeis de conservação e a falta de políticas de proteção e fiscalização são fatores que contribuem para a estiagem severa. A seca deste ano pode ser ainda pior do que a de 2023, quando vários recordes foram registrados. O desequilíbrio ambiental na Amazônia afeta outras regiões do Brasil, tornando a geração de energia mais cara e dificultando o acesso à água potável.

*Com informações da apresentadora Patrícia Costa

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