Americanas fecha sites Submarino e Shoptime após escândalo contábil

A empresa diz que serão incorporados à Americanas.com a base de clientes e o estoque desses sites, que foram importantes nos primórdios do comércio eletrônico brasileiro, no início dos anos 2000

  • Por Jovem Pan
  • 02/07/2024 21h59
GESIVAL NOGUEIRA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Americanas A decisão contemplou o alinhamento com a nova estratégia de negócios, que foca em uma operação mais ágil, rentável e eficiente, diz a empresa

A varejista Americanas anunciou, nesta terça-feira (2), o fim dos sites Submarino e Shoptime, que faziam parte do grupo. A empresa diz que serão incorporados à Americanas.com a base de clientes e o estoque desses sites, que já chegaram a ser os mais importantes do país nos primórdios do comércio eletrônico brasileiro, no início dos anos 2000. A medida faz parte da nova estratégia de negócios da empresa, que busca uma operação mais ágil e eficiente. “Americanas informa que a integração dos sites e apps do Shoptime e do Submarino tem como objetivo fortalecer o digital da companhia a partir da marca Americanas. A decisão contemplou o alinhamento com a nova estratégia de negócios, que foca em uma operação mais ágil, rentável e eficiente para oferecer uma experiência de compra ainda mais completa”, informou a empresa, em comunicado. Um dos principais concorrentes da Americanas nos anos 2000, o Submarino, fundado em 1999, foi uma das primeiras livrarias virtuais do Brasil e se tornou um dos principais players do comércio eletrônico. Já o Shoptime, inspirado no modelo americano Home Shopping Network, unia venda de produtos a entretenimento.

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Após as fraudes contábeis de R$ 25,3 bilhões nos balanços da companhia serem descobertas, a Americanas entrou em recuperação judicial com dívidas de mais de R$ 42 bilhões. Os balanços da varejista foram fraudadados até o terceiro trimestre de 2022, para inflar os resultados, uma prática adotada pela antiga diretoria, então capitaneada pelo CEO Miguel Gutierrez. Na reapresentação do balanço de 2022, em novembro do ano passado, já sob a nova administração, a empresa apresentou prejuízo de R$ 12,9 bilhões, uma alta de 108% em relação às perdas de R$ 6,2 bilhões registradas em 2021. O último balanço divulgado da companhia, referente aos nove primeiros meses de 2023, apontam prejuízo de R$ 4,6 bilhões no período.

Publicado por Carolina Ferreira

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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