Maduro associa protestos contra resultado eleitoral a líder de grupo criminoso

Héctor Guerrero Flores, conhecido como ‘Niño Guerrero’, é líder de facção conhecida como ‘Tren de Aragua’; presidente venezuelano acusa EUA de envolvimento nas manifestações no país

  • Por Jovem Pan
  • 01/08/2024 08h27
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EFE/Ronald Peña R. Nicolás Maduro Maduro afirmou que manifestações buscam aplicar golpe de Estado no país

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, vinculou, nesta quarta-feira (31), Héctor Guerrero Flores, vulgo ‘Niño Guerrero’, líder do grupo criminoso transnacional “Tren de Aragua”, aos protestos desencadeados nas últimas horas contra os resultados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) sobre as eleições do último domingo (28) no país — o órgão declarou Maduro vencedor de forma polêmica. “O famoso ‘Niño Guerrero’ está no sul de Caracas dirigindo as operações, agora está se movimentando, tentando fugir para a Colômbia”, disse o presidente venezuelano em entrevista coletiva na qual reiterou que a violência gerada em meio às manifestações, ocorridas em várias regiões do país, faz parte de um golpe de Estado contra ele.

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Maduro acusou os Estados Unidos de enviarem ‘Niño Guerrero’ à Venezuela para promover as manifestações, que surgiram espontaneamente, especialmente depois que a principal coalizão de oposição, a Plataforma Unitária Democrática (PUD), afirmou que seu candidato, Edmundo González Urrutia, venceu as eleições por uma ampla margem. “Eles o enviaram de Manizales (Colômbia), porque os gringos o quebraram, baixaram um decreto ameaçando-o, declarando-o terrorista e lhe disseram: você vai para a Venezuela, faça algo para se salvar”, afirmou. O líder chavista disse que ‘Niño Guerrero’, que fugiu de uma prisão venezuelana, entrou novamente no país com a cumplicidade dos ex-presidentes colombianos Álvaro Uribe Vélez e Iván Duque, a quem Maduro responsabilizou por dezenas de supostas conspirações para matá-lo e por inúmeras sabotagens a serviços públicos.

Ele também afirmou que outro dos criminosos mais procurados do país, que atua no leste de Caracas, também estaria por trás de um dos grupos que promovem protestos em Petare, a maior favela da Venezuela.

*Com informações da EFE

Publicado por Marcelo Bamonte

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