Bruno Garschagen: Após renúncia de Morales, Bolívia vive ‘vácuo’ de poder

  • Por Jovem Pan
  • 11/11/2019 07h57 - Atualizado em 11/11/2019 08h13
EFE Evo Morales é ex-presidente da Bolívia Pessoas que poderiam assumir temporariamente a presidência também renunciaram aos cargos

O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou neste domingo (10) que renunciou ao seu mandato. O anúncio veio logo após as Forças Armadas da Bolívia pedirem a sua renúncia durante coletiva de imprensa.

“O Evo Morales renunciou com um discurso ideológico, vitimista, dizendo que foi vítima de um golpe por ser índio e ser defensor dos pobres. Depois de 13 anos tentando, de todas as formas, usar os instrumentos democráticos para o seu próprio projeto de poder – corroendo, portanto, a democracia, perseguindo opositores, fazendo de tudo para se manter no poder depois de mais de uma década. E esse era o projeto.

Até a sua renúncia foi algo feito de forma a usar os instrumentos democráticos para, de alguma maneira, tentar reverter a situação, porque a carta-renúncia foi submetida à aprovação ou não pelo Congresso. De qualquer maneira, já havia, por parte da Organização dos Estados Americanos (OEA) a percepção de que a eleição foi fraudada e o que se tem que fazer agora é tentar uma transição para que haja, efetivamente, uma eleição.

O Itamary publicou uma nota oficial dizendo que apoia a convocação de novas eleições mas, em razão das renúncias seguidas de pessoas que, pela lei, pela Constituição boliviana poderiam assumir o cargo, a situação é de um vácuo de poder. A gente vai perceber, agora, de que maneira a Bolívia vai receber esse impasse, que também é institucional”, disse Bruno.

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