Constantino: Pressão por mudanças na sociedade precisa ser prioridade

  • Por Jovem Pan
  • 11/11/2019 10h21 - Atualizado em 11/11/2019 10h30
Ricardo Stuckert/PT/Twitter Fotografia de Lula cercado de apoiadores Brasileiro precisa mostrar que não perdeu a capacidade de indignação

O chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, general Augusto Heleno, criticou, neste sábado (9), o discurso do ex-presidente Lula feito no Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo. “Lula, em seu discurso, mostra quem é e o que deseja para o país. Incita a violência (cita povo do Chile como exemplo), agride várias instituições, ofende o Presidente da República e mostra seu total desconhecimento sobre a carreira militar”, escreveu o ministro.

“O ex-presidente condenado por corrupção fez um discurso repleto de ódio e, de fato, incitando a violência, ao dizer que os esquerdistas precisam imitar o Chile e atacar. Além disso, chamou Sergio Moro de canalha e a Lava Jato de quadrilha, lembrando que não possui imunidade parlamentar – ou seja, muitos começaram a sugerir uma prisão preventiva em seu caso, o que faz até algum sentido, uma vez que ele representa um agitador perigoso, disposto a ameaçar a ordem institucional no país.

Já a reação de Moro foi a melhor possível, típica de um elegante cavalheiro diante de provocações de um ser claramente inferior. O ministro escreveu: ‘Aos que me pedem respostas a ofensas, esclareço: não respondo a criminosos, presos ou soltos. Algumas pessoas só merecem ser ignoradas.’

A micareta da mortadela, dos cúmplices do marginal petista, foi um tanto esvaziada de público, ainda mais se comparada às manifestações que tomaram as ruas do país no sábado (9), de improviso e sem qualquer tempo hábil para a organização. É a revolta popular com a decisão do STF que culminou na soltura de Lula e outros criminosos.

O povo brasileiro mostrou que não perdeu, ainda sua capacidade de indignação – o que é fundamental para proteger a liberdade. Um editorial do Estadão, no sábado, disse que “o mundo não acabou” e que “é hora de baixar a poeira”. Eu discordo, em parte. É hora, justamente, de intensificar a pressão por mudanças – ainda que dentro da ordem.

As prioridades mudaram. Claro que isso não deixa de ser um risco – postergar reformas estruturais prejudica a retomada do crescimento econômico, tudo o que a esquerda radical quer para poder voltar o poder. Eis o tamanho da encrenca que o STF causou. E tudo com um intuito claro: quantos zé manés, pobretões, ladrões de galinha, foram soltos até agora com a decisão do Supremo? Nenhum. Mas Lula, Dirceu e companhia – sendo que são dois multimilionários – já estão em festa. O que dizer dos ministros que votaram dizendo que o instrumento da segunda instância punia os mais pobres?

Por fim, entramos em uma máquina do tempo: no mesmo dia em que se comemorava 30 anos da queda do Muro de Berlim, vimos um ícone do que representa o regime comunista da Alemanha Oriental repetir um monte de bobagens no sindicato no Brasil, pregando, justamente, o socialismo como solução dos nossos males. Seria até cômico, se não fosse tão trágico e perigoso”, disse Constantino.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.