Bolsonaro protocola plano de Governo com liberalismo genérico
Jair Bolsonaro protocolou nesta semana um programa de Governo que é liberal nas linhas gerais, mas propositalmente vago, para que ele não tenha que se comprometer com temas espinhosos. Ele deixa de lado algo fundamental que é a reforma da Previdência.
Ele não conta como fará e nem se acha que a reforma dos funcionários públicos é essencial. Assim, ele não se compromete com os grupos que podem ter benefícios revistos, segundo a opinião quase consensual de economistas.
Bolsonaro vem de vários mandatos e desde o começo se mostrou contra privatizações, mas ele faz agora mudança de perspectiva, acena com redução da carga tribuária e defende a redução da máquina pública.
O candidato agora acena favorável ao mercado para mostrar que, se eleito, não deve ter o temor por parte dos economistas. Ele mostra que segue a cartilha de Paulo Guedes.
Liberalismo x Conservadorismo
É um “mix” que ele tem feito e mantém em seu plano de Governo, que é exposição geral de motivos com palavras de ordem.
No capítulo que se refere também a segurança pública, por exemplo, Bolsonaro conversa com seus eleitores já convertidos. Fala do porte de armas, contenção da violência nas fronteiras, educação livre de ideologias e nestes capítulos ele adota propostas conservadoras, que é algo que o deixa mais à vontade com seu próprio histórico.
Protocolar o plano de Governo é exigência da lei eleitoral, e o candidato cumpre a obrigação mostrando o que pretende.
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