Supremo pensou primeiro em si e depois no resto da nação

  • Por Jovem Pan
  • 09/08/2018 08h04
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Carlos Moura/SCO/STF Carlos Moura/SCO/STF

Nesta quarta-feira (08) o STF decidiu incluir no Orçamento um reajuste de mais de 16% nos salários dos ministros, isso significa bomba-relógio no colo dos próximos governantes, uma vez que esse reajuste baliza o teto constitucional de servidores.

Em canetada, que ainda vai passar pelo Congresso, os ministros deflagraram um aumento em cascata que pode impossibilitar investimentos por parte do próximo presidente. Antes do reajuste já se previa que o futuro presidente teria margem discricionária de R$ 90 bilhões, com reajuste a margem será ainda menor.

É quase uma canetada, porque nunca aconteceu de o Congresso negar um reajuste de ministros. Ninguém quer se indispor com o Judiciário. É improvável que seja negado o reajuste. O que poderia acontecer era o Senado, em ato de grandeza, começar a discutir outros benefícios que magistrados têm.

Ao decidir contra todas as evidências orçamentárias por reajuste com o qual o País não pode arcar agora, o Supremo deu sua contribuição com a insegurança fiscal. Em regime com Três Poderes, cada um deles tem sua responsabilidade com sua saúde fiscal, o Supremo pensou primeiro em si e depois no resto da nação.

Confira o comentário completo de Vera Magalhães:

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