Vera: Cenário político deixa reformas de Guedes em stand by
Nos últimos dias, o ministro da Economia, Paulo Guedes, enviou uma série de novas propostas de reformas ao Congresso Nacional. Na semana passada, por exemplo, foram enviados projetos que mexem no Orçamento da União e nos seus dispositivos, e outro que altera a relação de Estados e municípios – o pacto federativo. Nesta terça-feira (12), uma terceira proposta foi enviada – o Programa Verde Amarelo, que propõe mudanças na área trabalhista.
O problema é que, com toda a discussão sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância e as consequências que essa mudança de entendimento trouxe ao país – como a soltura do ex-presidente Lula e do ex-ministro José Dirceu -, as reformas ficaram em segundo plano.
Primeiro porque o momento, como um todo, já não era auspicioso para o envio: com o ano acabando, de qualquer forma, não haveria tempo para que essas propostas fossem discutidas pelas duas Casas. Depois, porque algumas delas, como o próprio Programa Verde Amarelo, são mais ambiciosas do que pareciam e, por isso, vão precisar de um maior tempo de análise e discussão no Congresso.
Percebendo que o clima não está tão bom – agora, incluindo também o fato de Bolsonaro deixar o PSL, por exemplo -, o governo está segurando a mais ambiciosa dessa segunda leva de reformas, a administrativa. Sua entrega já foi adiada duas vezes mas, do jeito que a cena política está, pode ser que seja desidratada – ou talvez adiada mais uma vez.
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