Vera: Família Bolsonaro se esquiva e evita comprar briga com Queiroz
Em mais uma polêmica envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e seu ex-assessor, Fabrício Queiroz, a família Bolsonaro tenta, mais uma vez, minimizar a situação. O próprio presidente, Jair Bolsonaro (PSL), se referiu ao áudio onde Queiroz conta vantagem – dizendo que tem livre acesso ao gabinete de Flávio, onde haveria mais de 500 cargos com salários de R$ 20 mil reais à disposição – duas vezes, ambas evitando “bater” no ex-assessor.
Na primeira, Bolsonaro se limitou a dizer que cuida de seu própria vida e Queiroz da dele. Da segunda, reconheceu a proximidade do ex-assessor com sua família, dizendo que Queiroz era seu “soldado” desde 1985, mas que agora está afastado da família e que não há fila de cargos no gabinete do filho. Flávio também se defendeu, dizendo que não há nada no áudio, mas ambos tentam se livrar do assunto de forma comedida, sem atacar Queiroz.
Ao contrário de suas posturas já conhecidas, com Queiroz, os Bolsonaros não compram briga, são agressivos ou repudiam o comportamento: pelo contrário, há sempre uma postura cuidadosa. A situação é similar ao do PSDB, em 2010, que precisava se livrar de Paulo Preto, mas não conseguia: eles sabem que é melhor não mexer com quem detém tantos segredos e confidência de uma família política. É melhor preservá-lo, porque deve ter muito o que contar.
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