Vera Magalhães: Discurso de Bolsonaro em Davos vai acenar a investidores
O brasileiro Jair Bolsonaro vai abrir a sessão o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. Ele é o primeiro presidente do continente a ser escolhido para abertura desse evento que reúne investidores, chefes de Estado, representantes de grandes empresas e de grandes bancos para discutir os destinos da economia global.
“A curiosidade sobre o Brasil é muito grande, tanto no campo econômico, em relação às reformas estruturais que estão sendo prometidas pela equipe de Paulo Guedes [ministro da Economia], como em relação a outros setores: Sérgio Moro se tornou um nome conhecido mundialmente graças à Operação Lava Jato.”
A avaliação é da comentarista da Jovem Pan Vera Magalhães. O ex-juiz federal é hoje ministro da Justiça Segurança Pública e vai integrar a comitiva brasileira que vai viajar à Suíça para o fórum, na semana que vem. O evento marca a estreia internacional de Bolsonaro – e no período a presidência será exercida pelo vice, Hamilton Mourão.
“A agenda de combate ao crime organizado e de combate à corrupção que o ministro da Justiça tem defendido também é algo que chama a atenção do público que vai estar lá em Davos”, disse neste sábado (19). Além disso, Bolsonaro deve ser foco por representar uma “guinada ideológica e conservadora” de centro-direita no continente.
“Todos os olhos e ouvidos vão estar voltados para o discurso [de Bolsonaro]. Ele vai acompanhado não só de Moro, mas de Paulo Guedes, o csar da economia, que ajudou a fazer o discurso. O discurso vai fazer um aceno para que os países invistam no Brasil no sentido de que o país passará a abrir mais a economia e a ter mais previsibilidade.”
Segundo Vera, a reforma da Previdência vai na bagagem da equipe do governo. “O ministro deve aproveitar a ida e a volta de Davos para convencer Bolsonaro da necessidade de se fazer uma reforma ampla, que inclua todos os setores, público e privado, e todas as carreiras. O maior desafio concerne aos militares, que querem regras diferentes para eles. Esta é uma incógnita. Será que Bolsonaro vai ceder aos apelos dos militares? É provável.”
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