Determinação do governo é priorizar a reforma tributária, diz Carlos da Costa

Segundo o secretário do Ministério da Economia, a proposta será responsável por reduzir R$ 125 bilhões do ‘custo Brasil’

  • Por Jovem Pan
  • 18/03/2021 10h02
Tânia Rêgo/Agência Brasil Carlos da Costa, secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia Carlos da Costa considera que os custos tributários são como "um grande nó na garganta dos empresários"

A reforma tributária é a principal mudança estruturante para garantir a retomada econômica. A avaliação é do secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa. A proposta será responsável pela diminuição de R$ 125 bilhões no “custo Brasil”, atualmente avaliado pela equipe econômica do governo em R$ 1,5 trilhão. Para Carlos da Costa, há um ambiente favorável para uma rápida tramitação e aprovação da reforma no Congresso Nacional, já que os parlamentares, assim como os governadores e o próprio governo federal, entenderam a importância da mudança. “Há determinação do governo de priorizar a reforma tributária. Não vi, nos últimos anos, uma determinação tão grande do governo e do Congresso Nacional. O Congresso é a Casa que representa todo o ruído democrático e a inviabilidade do nosso sistema tributário grita mais do que gritava antes. Hoje, o nosso sistema político é bastante condizente com a reforma tributária”, afirmou em entrevista ao programa Jornal da Manhã, da Jovem Pan.

Segundo o secretário, os atuais custos tributários são como “um grande nó na garganta dos empresários”, o que justifica a prioridade da reforma estrutural. Para ele, os recentes avanços no Congresso, como a aprovação da lei do gás e a apreciação dos vetos do saneamento, demonstram esse ambiente favorável de mudança. “Isso nos deixa muito otimistas para o futuro. Acreditamos que o diálogo é muito coerente e produtivo. É obvio que a gente não concorda em tudo e isso é bom, a democracia ruidosa. O que é silencioso é a tirania e todos nós somos contra a tirania. O silêncio da tirania versus o ruído da democracia, o debate com a primazia das ideias irá preponderar com o Congresso. Estamos bastante otimistas”, disse Carlos da Costa, reconhecendo que instabilidades políticas podem levar as reformas “por água abaixo”. “Nós temos o equilíbrio político que é suficiente para que nós caminhemos no caminho da prosperidade, que tem como ingrediente a queda no médio longo prazo na relação dívida-PIB. Isso manterá juros controlados, mas esse equilíbrio precisa ser mantido e precisamos de apoio de toda sociedade para que o governo seja mais leve e seja mais fácil fazer negócio no nosso país.”

De acordo com o secretário do governo Bolsonaro, a equipe econômica desenvolveu uma metodologia capaz de calcular o “custo Brasil” e, dessa forma, mensurar quais reformas ou pequenas ações mais impactam a redução desse valor. “Começamos a implementar centenas de medidas e já reduzimos mais de 10% do custo Brasil. Olhando daqui pra frente, temos uma lista de prioridades que têm potencial de reduzir, até o fim do governo, a metade do custo Brasil. Isso tem um impacto extraordinário, seriam R$ 750 bilhões por ano que chegariam no bolso dos nossos empresários, porque eles deixariam de gastar com uma série de parafernálias [tributárias] acumuladas”, disse, reforçando que uma reforma tributária simplificadora trará os maiores benefícios. “Não é uma reforma complexa, é com foco, principalmente, em simplificação, transparência, segurança jurídica e em retirar incertezas que estão por trás de uma declaração do dia a dia das empresas”, disse. “Redução do custo Brasil não tem bala de prata, são centenas de medidas que a gente consegue debelar”, finalizou. Acompanhe a cobertura especial da campanha na página especial do site da Jovem Pan. Clique AQUI.

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