Indústria cobra aprovação de reformas para superar crise no pós-pandemia
Economista da CNI alerta que o retrato futuro para recuperação do setor passa pelas propostas estruturantes
O setor industrial brasileiro luta por uma recuperação mais robusta no pós-pandemia, porém para a Confederação Nacional da Indústria (CNI) este cenário só será possível se forem criados mecanismos para dar impulso a produtividade. De acordo com o economista-chefe da CNI, Renato da Fonseca o retrato futuro passa pelas reformas estruturantes. “Vencer a pandemia é o primeiro passo. Agora, o passo mais importante é voltar a crescer e para voltar a crescer nós vamos precisar fazer as reformas estruturantes, vamos precisar reduzir o Custo Brasil. E entre essas reformas a principal é a reforma tributária, é preciso fazer uma reforma ampla, com imposto e valor adicionado de modo que a gente aumente a competitividade dos produtos brasileiros lá fora e contra os importados aqui dentro”, pontua Renato Fonseca. Uma pesquisa da CNI sobre o perfil da indústria nos 26 Estados e no Distrito Federal revelou que o setor representa 20,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, 69,2% das exportações brasileiras, 69,2% dos investimentos empresariais em pesquisa e desenvolvimento e 33% da arrecadação federal.
Os salários mais altos são pagos pela indústria, R$ 7.556 para profissionais em nível superior contra uma média nacional de R$ 5.887. Para cada R$ 1 produzido pela área são gerados R$ 2,43 adicionais na economia, o mesmo real aplicado na agricultura rende R$ 1,75, enquanto no setor de serviços R$ 1,49. Apesar dos índices, a indústria já vinha sofrendo antes mesmo da pandemia. “A indústria tinha dificuldade de competir lá fora e dificuldade de competir aqui dentro com os imp. Na verdade, a indústria estava encolhendo. Ela reduziu o seu tamanho nos últimos 10 anos”, pontua. Nesta terça-feira, 25 de maio, é comemorado o dia da indústria.
*Com informações do repórter Daniel Lian
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.