58% das pessoas não sabem a diferença entre remédios genéricos, similares e de referência

Levantamento confirmou o que já era considerado óbvio: o brasileiro confia no farmacêutico

  • Por Jovem Pan
  • 24/05/2021 06h47 - Atualizado em 24/05/2021 11h11
Carlos Severo/Fotos Públicas Carlos Severo/Fotos Públicas Vale lembrar que há regras para o farmacêutico substituir o remédio de referência pelo genérico correspondente ou similar

Uma pesquisa encomendada pela farmacêutica Merck e realizada pelo Ibope traz um dado preocupante sobre o conhecimento dos pacientes sobre medicamentos. O estudo, feito no final do ano passado, mostra que 58% dos entrevistados desconhecem a diferença entre medicamentos genéricos, similares e de referência. A pesquisa ainda traz outro número: 69% das pessoas não conhecem as regras da Anvisa para substituição de medicamentos receitados pelos médicos na hora de comprar na farmácia. Com isso, o levantamento traz uma constatação óbvia: o brasileiro confia no farmacêutico. Os dados mostraram que 64% dos entrevistados sabem que apenas esse profissional pode determinar uma possível troca do medicamento, frente ao que o médico prescreveu. Isso mesmo com os genéricos estando nas prateleiras das farmácias há mais de 20 anos.

Para deixar claro, vamos explicar a diferença entre os tipos de medicamentos. Os de referência são os remédios que tiveram a primeira patente para isso. Ou seja, a indústria investiu e fez estudos para desenvolver a droga. Por isso, costuma ser mais caro. Os medicamentos genéricos são cópias do de referência, mas só podem ser criados depois de 20 anos, prazo para vencer a exclusividade da patente. Por isso, custa menos. Já os similares têm a mesma composição do medicamento referência e do genérico. Mas, como o original, também tem o nome de uma marca e investe em propaganda para ficar mais conhecido e competir com o de referência. Vale lembrar que há regras para o farmacêutico substituir o remédio de referência pelo genérico correspondente ou similar. E, claro, em caso de dúvidas, o farmacêutico pode ajudar — bem como o médico que fez a prescrição.

*Com informações do repórter Fernando Martins 

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