Entenda como lidar com o cansaço mental no fim de ano

Especialistas explicam o fenômeno e o que fazer para mudar

  • Por EdiCase
  • 06/12/2023 11h42 - Atualizado em 06/12/2023 11h48
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A meditação é um método alternativo que pode ajudar a aliviar os sintomas de cansaço mental A meditação é um método alternativo que pode ajudar a aliviar os sintomas de cansaço mental Imagem: Caterina Trimarchi | ShutterStock

Nessa época de final de ano, o acúmulo de atividades costuma gerar um cansaço mental mais acentuado, que leva a uma dificuldade de concentração, acompanhada de irritabilidade e ansiedade. Esse excesso de estímulos, muitas vezes, sobrecarrega o cérebro, o que pode causar esquecimento e prejudicar a rotina.

Como lidar com o cansaço mental?

Parece óbvio, mas precisa se desligar. Isso nem sempre é fácil. “O que recomendamos é tentar priorizar atividades físicas, manuais e de lazer, mas nada relacionado ao trabalho. Ter um sono reparador e de qualidade. A meditação é um dos caminhos a serem seguidos”, comenta Juliana Rebechi Zuiani, neurocirurgiã da PUC Campinas.  

“Agora quando o cansaço é crônico e repetitivo, não cessa apesar do descanso, deve-se readequar práticas e rever algumas prioridades para que a pessoa não chegue ao burnout (exaustão)”, alerta a especialista. Muitas vezes, também podem ser indicados medicamentos e até terapias para melhorar esse quadro.  

Alimentos que melhoram a saúde do cérebro

Existem diversos alimentos que podem interagir com o cérebro e atuar no desempenho mental. “Entre eles, os mirtilos, que possuem substâncias nutritivas, como polifenóis e antocianinas, que atuam protegendo o cérebro contra o declínio cognitivo, reduzindo a inflamação e inclusive melhorando a neurogênese (formação de novos neurônios e conexões entre eles)”, esclarece o médico pós-graduado em Nutrologia Gabriel Rena. 

Já as vitaminas do complexo B, como a B1 (tiamina), B3 (niacina), B5 (ácido pantotênico), B6 (piridoxina) e B12 (cobalamina), encontradas em proteínas de origem animal e nas verduras verde-escuras, são fundamentais para o bom funcionamento do cérebro.  

“Os alimentos ultraprocessados como fast food, refrigerantes e salgadinhos, são extremamente inflamatórios. A ingestão piora, entre outros, a saúde do cérebro, sendo que, por vezes, podemos ficar com a sensação de uma nuvem na cabeça, o chamado brain fog. Optar por alimentos in natura ou minimamente processados já é o primeiro passo para auxiliar na melhora do desempenho cerebral”, afirma o especialista.  

Precisa fazer exames? 

Sim, pois o cansaço mental pode ter várias causas. “Por exemplo, se uma mulher está na menopausa, posso pedir exames hormonais para identificar se a causa pode ser essa. Uma anemia também pode levar a essa situação. Um cansaço mental exacerbado por um processo infeccioso e inflamatório, por exemplo, que vimos pelo Covid19, também pode ocorrer. Quando temos inflamação importante esse cansaço pode aumentar. Dependendo da história do paciente, os exames laboratoriais podem identificar a causa”, esclarece Alessandra Rascovski, endocrinologista e diretora médica da Clínica Rascovski.  

É aconselhável que pessoas com mais de 40 anos façam check-ups rotineiramente Imagem: fizkes | Shutterstock

A importância do check-up mental 

O check-up deve ser realizado de forma rotineira para quem tem mais de 40 anos, independentemente de estar passando por esse problema ou não. Uma vez que ele pode apontar falhas e mostrar se há o risco de desenvolvimento de alguma doença mais grave.

“Temos uma ferramenta de uso rápido e imediato, prático e direto, como o Altoida, que usa recursos de inteligência artificial e realidade aumentada imersiva, otimizando o tempo do paciente. Com ela conseguimos avaliar e diferenciar a questão do cansaço mental de algum outro tipo de doença que possa comprometer a cognição e o raciocínio. Existem outros tipos de avaliação que podem ser feitas, mas não são avaliações diretas, são processos que levam um certo tempo”, revela Juliana Rebechi Zuiani.  

Para Alessandra Rascovski, endocrinologista, esse exame moderno fornece medidas objetivas do desempenho cognitivo dos pacientes, avaliando o cérebro de uma maneira global. “Ele é de grande valia para pacientes que estão se sentindo mentalmente esgotados, e sabemos que esta situação é muito comum nesta época, com diversos compromissos familiares, no trabalho e após um ano tão exaustivo, como foi este de 2023. Com ele conseguimos ver como está o funcionamento cognitivo individual e se há uma perda acima do normal”, argumenta.  

Se organize 

Por fim, faça um planejamento, estabelecendo prioridades e deixando de lado aquelas tarefas que não são urgentes ou necessárias. Entender o que provoca esse cansaço mental é fundamental para adotar estratégias que vão ajudar a manter sua memória em equilíbrio. Vale também pensar em buscar ajuda com profissionais de saúde para começar 2024 com a mente e o corpo saudáveis.

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