Alckmin renova ataques ao PT: ‘é inacreditável lançar candidatura em porta de penitenciária’

  • Por Jovem Pan
  • 12/09/2018 16h47 - Atualizado em 12/09/2018 16h48
Marcelo Chello/Estadão Conteúdo Alckmin Tucano fez referência à apresentação de Fernando Haddad como presidenciável do partido

Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência da República nas eleições de 2018, conversou com a imprensa durante passagem de sua campanha por Contagem e Betim, em Minas Gerais, nesta quarta-feira (12). Entre uma declaração e outra, aproveitou para fazer novos ataques ao PT, mais especificamente à oficialização de candidatura de Fernando Haddad, feita em frente à sede da Polícia Federal de Curitiba, onde está detido o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“É inacreditável [confirmar candidatura] na porta de uma penitenciária”, disse. “O PT ficou escondendo o Haddad. Agora vai ter que se apresentar como candidato e explicar 13 milhões de desempregados, porque isso não começou hoje. É herança do PT, quem quebrou o País foram eles. O PT não tem limites para chegar ao poder”, completou, disparando ainda contra outros presidenciáveis.

“O Ciro foi ministro do Lula. Sempre apoiou o PT e a Dilma O Henrique Meirelles (MDB) também se vangloria de ter sido presidente do Banco Central do PT. A Marina Silva foi 24 anos filiada ao PT. E agora o Haddad”, afirmou.

Outro alvo de seus ataques foi Jair Bolsonaro (PSL). Ao falar sobre o concorrente, o tucano negou, no entanto, que a propaganda de seu partido no horário eleitoral concentre críticas a ele, líder nas pesquisas de intenção de voto. “Nós não fazemos nenhuma crítica, não sou eu quem falo. Isso está no YouTube. Se ele fala coisas desrespeitosas, é ele, não somos nós. Simplesmente pegamos as falas e colocamos”, afirmou.

A oficialização

Em seu primeiro discurso oficial como candidato à presidência da República pelo Partido dos Trabalhadores, o ex-prefeito de São Paulo gastou a maior parte do tempo lembrando dos feitos do ex-presidente Lula.

Haddad discursou logo após a leitura de uma carta escrita por Lula. “Vejo muitas pessoas emocionadas, peço desculpas por mim mesmo, pois muitos brasileiros não poderão votar naquele em que gostariam de ver subir a rampa do planalto em janeiro”, afirmou. “É uma dor sentida pelo povo mais pobre desse País, que sabe o que representaram os nossos governos do ponto de vista da história”.

O ex-prefeito ainda insistiu no discurso de que Lula representa um divisor de águas na história do Brasil. “Ele saiu das entranhas do povo e chegou à presidência superando todos os obstáculos que a vida impôs”, disse.

Quando finalmente falou em causa própria, o agora candidato afirmou que não irá aceitar um Brasil que retroceda. “Não vamos aceitar o Brasil do século 20, não queremos mais aquele Brasil intolerante, nós sabemos do nosso potencial”, afirmou.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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