Atividades culturais ao ar livre da Flip atraem escolas de fora de Paraty

  • Por Agencia Brasil
  • 30/07/2014 16h57
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A estudante Letícia Aníbal Gonçalves, 11 anos, saiu de Guaratinguetá, região do Vale do Paraíba, em São Paulo, às 5h30 com mais 22 colegas da Escola Professora Maria Giannico e chegou a Paraty, Costa Verde fluminense, às 11h. O motivo da viagem é a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que começa hoje (30).  Na Praça da Matriz, livros pendurados em árvores e espalhados por tapetes encantaram a menina.

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“Achei muito criativo esse cantinho especial para lermos os livros. É a primeira vez que vejo isso e é bom para se acostumar com a leitura”, disse ela, que confessou ser uma amante dos livros. “Leio muito, tenho vários livros em casa”, contou.

A vice-diretora da escola de Letícia, Isabel Simone Cristina Ribeiro Simões dos Santos, explicou que vem à Flip há três anos e que a ideia de trazer os alunos para as atividades infantojuvenis foi possível graças à Secretaria da Educação, que cedeu o ônibus.

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“Era para ter vindo 40 alunos, mas os pais têm medo da distância, mas não sabem da riqueza que há aqui”, comentou ela. “Vim mais para incentivar os alunos a ler. Hoje eles só querem saber de celular, Facebook, computador, jogos. Quero que eles desenvolvam o hábito da leitura”, explicou.

Isabel gostou tanto dos livros pendurados em árvores que pensa em adotar a ideia no jardim da escola. “Temos árvores na escola e achamos essa ideia espetacular, pois os professores reclamam que não há espaço amplo para a leitura”.

O estudante Luan Reis dos Santos, 11 anos, mora em Paraty e participa das atividades da festa há dois anos. Embora ache a programação divertida, admitiu que não gosta muito de ler. “Prefiro que leiam para mim”, contou ele, encabulado.

A estudante de magistério Juliana Ramos, 19 anos, é voluntária há três anos da inciativa Pé de Livros, que faz parte da Flip desde 2008. Para ela, a forma lúdica como os livros são apresentados seduz crianças e adolescentes, mesmo aueles que não gostam de ler. “As crianças podem sentar, ler, manusear o livro. Eles se interessam muito. Alguns só folheiam, outros gostam de ler e se demoram aqui. A gente também lê para os mais novos”, contou. “A Flip incentiva as pessoas a ler e a se sentir à vontade com os livros”, completou ela.

Amanhã (31), além do Pé de Livros, que funcionará todos os dias até o final do evento, estão previstos musicais, teatro, conversa com autores de livros infantojuvenis e leituras em diferentes pontos da cidade e mais de 30 atividades ao ar livre na Praça da Matriz. A Flip vai até o próximo domingo (3). 

Editora: Luana Lourenço

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