Cartunista Ota, famoso pela revista Mad, morre aos 67 anos
Quadrinista ainda reeditou histórias de ‘Luluzinha’ e ‘Recruta Zero’ e organizou coleções de álbuns de ‘Asterix’
O cartunista, quadrinista e editor Otacílio Costa D’Assunção Barros, conhecido como Ota, morreu nesta sexta-feira, 24, aos 67 anos, por causa de um mau súbito. Nascido no Rio de Janeiro, Ota obteve bastante destaque na edição brasileira da revista Mad. O corpo do cartunista foi encontrado no apartamento onde ele morava na Tijuca, zona sul do Rio, pelos vizinhos e o dono de um restaurante próximo que estranhou Ota não passar por seu estabelecimento durante alguns dias. Ota era formado em jornalismo pela UFRJ e ingressou na Editora Brasil-América Latina (EBAL) em 1970, permanecendo até o final de 1973, quando entrou para a Editora Vecchi.
Em 1974, se tornou o editor responsável pela publicação no Brasil da revista Mad, veículo humorístico dos Estados Unidos. Na edição nacional do título, ele publicava os populares “Relatórios Ota”, onde assinava arte e texto, combinando traço simples e piadas mordazes para dar sua visão sarcástica a temas do momento. Apesar da revista passar por diversas editoras, como Record, Mythos e Panini, seguiu no cargo até 2008, quando saiu da Panini e anunciou que leiloaria todo o acervo que possuía e era relacionado à Mad. Também passou por outras publicações, como a revista de terror Spektro, que durou entre 1977 e 1983. Reeditou quadrinhos de ‘Luluzinha’ e ‘Recruta Zero’ pela Pixel e organizou a coleção de álbuns de ‘Asterix’ pela Record. Em 2016, publicou de forma independente o e-book ‘A garota bipolar – o começo de tudo’ e seu último trabalho foi há quatro meses, quando passou a publicar tiras sobre a vida universitária para a Faculdade Campos Elíseos, de São Paulo.
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