Em exclusiva, Jorge Aragão fala sobre sua carreira e o show deste sábado

  • Por Jovem Pan
  • 18/04/2015 11h30
Reprodução/Facebook Jorge Aragão

Neste sábado (18), o cantor e sambista Jorge Aragão se apresenta em São Paulo, no Citibank Hall, às 22 horas. Em entrevista bem humorada para a rádio Jovem Pan, Aragão falou sobre a apresentação e também como ele acredita que “Tem que estar fazendo tudo o que o povo quer, porque eu vou brincar com eles. Para mim é uma grande festa, uma brincadeira, cantar e dançar com o pessoal”.

O show também promete misturar várias facetas da trajetória de Jorge Aragão: “é desse jeito que tem que ser. Eu não me permito fazer um repertório de músicas inéditas, porque eu sei que não é isso que as pessoas esperam de mim. Eu não posso nem mudar um pouco a interpretação da música, sabia?”, brincou o cantor.

Ele ainda contou que sua relação com o público também é cheia de carinho, devido às letras representarem o cotidiano dos fãs. “Eu tenho histórias de tanta gente que casou e colocou a música ‘Ave Maria’, naquela interpretação que eu fiz. Tanta gente que ouviu ‘Papel de Pão’, ‘Malandro’ que se conheceu, se casou, se encontrou e separou também”.

Jorge, que também teve muitas músicas regravadas por outros artistas consagrados da música brasileira, conta que, antes do Fundo de Quintal, a música ‘Malandro’ foi gravada pela cantora Elza Soares, Emílio Santiago, Ney Matogrosso, Beth Carvalho, Martinho da Villa e Elizete Cardoso. Bem humorado, Aragão ainda faz uma piadinha: “não vou conseguir lembrar todo mundo, não. É tanta gente que às vezes eu me perco nisso aí”.

Ainda falando sobre o Fundo de Quintal, do qual é um dos fundadores, Ararão revelou acreditar que não tem preço ter participado da criação de um grupo que se tornou referência a cantores e bandas mais jovens. “Nem nós conseguimos mensurar isso que aconteceu tão naturalmente na nossa vida, você estar sendo escutado, sendo levado como aprendizado, isso não tem preço”.

Jorge contou também que, ainda sobre esta questão de ter se tornado uma referência para outras gerações do samba, isso pode ter acontecido por criar suas músicas a partir da espontaneidade da sua vida: “Eu não fiz samba para perfil que nem do que se toca hoje em dia ou para disputar com alguém. Eu fiz, como diz o título do samba, um samba avassalador para mim. A minha maneira de falar, de escrever, de sentir como é que eu posso colocar uma música na rua”. Ele também deu uma lição para os novos compositores: “Eu não tenho que fazer um samba mais moderno hoje, porque é o que o mercado está pedindo”.

Para a apresentação deste sábado, Jorge Aragão contou que o público pode esperar a presença de convidados como Arlindo Cruz. “Essa é uma gentileza que nós temos de vez em quando, que um toca com o outro. A gente fala assim: ‘vamos trocar munição?’, então daqui a pouco ele vai no lugar, depois eu vou e canto também”, disse o cantor. Ainda de acordo com o próprio Jorge Aragão, Arlindo Cruz foi quem ele indicou para que ocupasse o seu lugar no Fundo de Quintal: “Então imagina o meu orgulho”, brincou o cantor.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.