Ex-Twister relembra problema com drogas e diz que empresário proibia namoro: ‘Só podia garotas de programa’

Sander Mecca foi ídolo teen no começo dos anos 2000 ao liderar boyband brasileira; ao Pânico, reviveu os bons e os maus momentos que a fama trouxe

  • Por Jovem Pan
  • 16/02/2023 16h06
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Reprodução/Jovem Pan News Sander Mecca Sander Mecca foi o convidado do programa Pânico

Nesta quinta-feira, 16, o programa Pânico recebeu o cantor Sander Mecca, que relembrou a sua passagem pela boyband Twister — que fez sucesso no começo dos anos 2000 — e os problemas com a fama. “Fui morar na casa do empresário. Na minha casa nunca teve bebida alcoólica, mas eu sempre tive curiosidade. Eu tinha 15 anos, comecei a beber lá, tinham aqueles bares bonitos. Com 17 anos estourou na mídia, eu achei que podia tudo. A gente viveu um regime bem bizarro, era boyband. Não podia namorar, só podia transar com garotas de programa. Não podia ter celular, não podia ter vida social. Até as visitas para a família eram monitorados, não [podíamos] dizer o que acontecia lá”, explicou. O artista ainda contou que, em breve, a história do Twister será retratada em alguma produção audiovisual. “A gente teve que fugir da casa do empresário. Eu era o único drogado, eu era o único que me aventurava. Eu conseguia fazer escondido. As famílias não percebiam e, quando eu ia para a minha casa, não falava nada. Passava um pano, achava que tava tudo bem. Foi piorando, veio o sucesso. A gente precisou fugir da casa dele de madrugada. O contrato era tão leonino que a gente não conseguia rescindir. Inclusive, estamos trabalhando, [nossa história] está na mão de alguns produtores para ver se vira uma série.”

Segundo Mecca, seus problemas com drogas perduraram por mais de 20 anos. Ele detalhou que chegou a usar crack e misturar cocaína com remédios tarja preta. “Eu me fodi 25 anos usando droga. Quando decidi que eu queria parar, eu sofri uns 15 anos, pelo menos, internando e sendo preso de novo. Eu virei ‘noia’. Na minha pior fase, eu misturava zolpidem com álcool e cocaína”, descreveu. “Experimentei crack. Entrava na Cracolândia quando não tinha mais droga. Eu sofri demais e o lance da droga, é uma doença incurável, progressiva e fatal. Não tem jeito. Ela vai te humilhando, não te mata de uma vez”, concluiu.

Confira na íntegra a entrevista com Sander Mecca:

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