Bruno Sartori se desculpa após ser acusado de racismo por ‘piada’ com morte de homem negro

Nas rede sociais, o influencer publicou: ‘Medo de ir comprar algo no Carrefour e sair de lá para algum IML’; algumas horas depois, jornalista apagou a postagem

  • Por Jovem Pan
  • 20/11/2020 16h46
Divulgação/Instagram/Bruno Sartori Influencer é conhecido por fazer sátiras ao presidente Jair Bolsonaro

O jornalista e influencer Bruno Sartori foi criticado nas redes sociais por publicar um tweet na madrugada desta sexta-feira, 20, sobre o assassinato de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, que morreu após ser espancado na porta do supermercado Carrefour, no bairro Passo D’Areia, na zona norte de Porto Alegre. “Medo de ir comprar algo no Carrefour e sair de lá para algum IML”, escreveu Sartori. Após a declaração ser apontada como racista e insensível por seguidores, o influencer apagou o post e se desculpou. “Fiz uma declaração muito errada no meio da madrugada sobre a lamentável morte de Alberto Silveira Freitas, espancado violentamente no Carrefour. Desculpem meu erro e ofensas. Apaguei minha postagem, e estou lendo cuidadosamente as merecidas críticas que recebi”, escreveu.

Internautas se disseram “desrespeitados” pela “piada” de Sartori e o criticaram por ser branco, diferente da vítima, que era negro. “Trocadilho barato não mano. Olha o que aconteceu e veja o que você tá falando. Sabe o que diferencia você e a vítima? A cor da pele”, comentou o jornalista Raife Sales. “Uma pessoa branca não corre risco algum de sair para fazer compras e ser espancada até a morte por seguranças! Ou rompe com a branquitude ou nunca será antirracista”, escreveu outro seguidor.

Algumas pessoas, porém, defenderam Sartori, e afirmaram que o influencer estaria se referindo também a outras mortes ocorridas no supermercado, como o caso da cadela Manchinha – assassinada por um funcionário terceirizado de uma loja de Osasco –, ou quando a rede manteve a loja aberta e em funcionamento após o óbito de um colaborador dentro do estabelecimento. “Considerando que no Carrefour já morreu funcionário branco de tanto trabalhar, já mataram cachorro e ontem mataram cliente negro, eu também tenho medo de entrar e sair direto pro IML, porque aparentemente o negócio lá não é SÓ racismo. Bruno Sartori tá certo”, escreveu um internauta.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.