Fotos do corpo de Marília Mendonça no IML vazam na internet, e advogado da família diz que ato é ‘desumano e criminoso’

Responsável pela defesa da cantora, Robson Cunha afirma que Estado e agentes que divulgaram imagens devem ser responsabilizados

  • Por Jovem Pan
  • 13/04/2023 21h04
Reprodução/Instagram/mariliamendoncacantora Marília Mendonça Marília Mendonça morreu em novembro de 2021 aos 26 anos em acidente aéreo

Nesta quinta-feira, 13, fotos da autópsia do corpo da cantora Marília Mendonça, morta em novembro de 2021 em um acidente aéreo, realizadas no Instituto Médico Legal (IML), vazaram nas redes sociais e causaram indignação de fãs e amigos. Anitta republicou uma mensagem de Marília no Twitter com os dizeres: “Pessoas doentes, humanidade perdida, antiprofissionalismo. Justiça. Respeitem a Marília”, disse. Na mensagem postada em agosto de 2019, a cantora de sertanejo ressaltou que não há ética nas prestações de serviço e que ‘tinha medo de morrer’ pelas pessoas não respeitarem seu momento. “É muito complicado contar com a ética na prestação de serviços de qualquer forma… minha gravidez foi descoberta por um exame de sangue vazado e tudo que eu faço é dessa forma… dá medo até de morrer porque as pessoas não respeitam nem esse momento e conhecemos casos parecidos”, escreveu ela na ocasião. Por meio de nota, o advogado Robson Cunha, que representa a família de Marília, manifestou a indignação com o vazamento das fotos do Inquérito Policial e culpabilizou o Estado.

“É inconcebível que documentos exclusivos de um inquérito policial que corre em sigilo e com restrições de acessos tenham sido divulgados de forma irresponsável, desumana e criminosa. Durante todo o tempo, desde o acidente até a liberação dos corpos, trabalhamos incansavelmente para que uma situação grave como essa não ocorresse. O Estado é o responsável pela guarda e proteção das informações e documentos que estão sob a sua tutela. Isso é um fato gravíssimo e tanto o Estado quanto os agentes que divulgaram a imagem devem ser responsabilizados”, ressaltou Cunha. A nota ainda diz que as pessoas que estão compartilhando o material “estão incorrendo também em crime e podem ser responsabilizados judicialmente”. A ação se enquadra no crime de vilipêndio a cadáver, previsto no Código Penal Brasileiro, e a pena varia de um a três anos de detenção e multa.

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