Klara Castanho conta ter sofrido estupro e entregado bebê para adoção: ‘Relato mais difícil da minha vida’

Atriz de 21 anos afirma que tinha intenção de manter caso em segredo, mas ter sido obrigada a revelar após rumores

  • Por Jovem Pan
  • 25/06/2022 22h34
Reprodução/Instagram/klarafgcastanho Atriz Klara Castanho Além do estupro sofrido, Klara Castanho relatou ter sido tratada sem empatia por médicos e enfermeiros

A atriz Klara Castanho, de 21 anos, fez um relato forte em uma carta aberta publicada em suas redes sociais: a artista, que atuou em diversas novelas da Globo e recentemente séries da Netflix, contou ter sofrido um estupro e dado o bebê resultante da violência sexual para adoção. Ela tinha a intenção de manter o caso em segredo, mas disse ter sido obrigada a revelar após rumores em redes sociais se espalharem com detalhes do ocorrido. “Esse é o relato mais difícil da minha vida. Pensei que levaria essa dor e esse peso somente comigo. No entanto, não posso silenciar ao ver pessoas conspirando e criando versões sobre uma violência repulsiva e de um trauma que eu sofri. Eu fui estuprada”, começou Castanho na carta.

A jovem contou que estava fora da cidade em que mora quando o estupro aconteceu, sem família ou amigos por perto, e que não registrou um boletim de ocorrência para tentar esquecer e superar o mais rápido possível. Meses depois, embora não tenha tido alterações hormonais nem físicas, sentiu um mal-estar e, no médico, recebeu a informação de que estava grávida. O médico que a atendeu, no entanto, não se solidarizou. “Contei ter sido estuprada, expliquei tudo o que aconteceu. O médico não teve nenhuma empatia por mim. Eu não era uma mulher grávida que estava grávida por vontade e desejo, eu tinha sofrido uma violência. E mesmo assim esse profissional me obrigou a ouvir o coração da criança, disse que 50% do DNA eram meus e que eu seria obrigada a amá-lo”, relatou a atriz.

Klara decidiu dar o bebê para adoção, por considerar que não basta ter condição financeira de cuidar de um filho, é preciso poder amá-lo e cuidar. Ao dar à luz, ouviu enfermeiras ameaçarem vazar a história para a imprensa, apesar da lei garantir sigilo para a mãe e para a criança em casos do tipo. “Vocês não tem noção da dor que eu sinto. Tudo o que eu fiz foi pensando em resguardar a vida e o futuro da criança. Cada passo está documentado e de acordo com a lei. A criança merece ser criada por uma família amorosa, devidamente habilitada à adoção, que não tenha as lembranças de um fato tão traumático. E ela não precisa saber que foi resultado de uma violência tão cruel”, afirmou a atriz, que disse ainda sofrer a violência daqueles que a julgam, e que irá tentar se reconstruir com privacidade. Confira o texto completo postado pela jovem.

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