Após renúncia, Ópera de Los Angeles extingue cargo ocupado por Plácido Domingo
Tenor espanhol foi acusado de assédio e abuso sexual por 20 mulheres desde agosto deste ano
O Conselho de Administração da Ópera de Los Angeles (LA Opera) anulou o cargo de diretor-geral que era ocupado pelo tenor espanhol Plácido Domingo, que renunciou após as diversas acusações de abuso sexual que recebeu.
Em comunicado, a instituição informou que o atual presidente da LA Opera, Christopher Koelsch, acumulará as funções até então exercidas por Domingo.
“Depois de muita consideração, o Conselho de Administração da Ópera decidiu que a companhia permanecerá sob a liderança de Christopher Koelsch, nosso presidente”, diz a nota.
“Temos a sorte de poder centralizar nossa estrutura administrativa, ao consolidar os deveres do diretor-geral e da presidência sob um líder como Christopher, cuja visão, compaixão e compromisso para expandir ainda mais a presença da ópera no sul da Califórnia apoiamos plenamente”, acrescenta a o texto.
Por sua vez, Koelsch disse em carta que se sente honrado pela confiança do conselho para dirigir uma organização que considera excepcional. “Gostaria de expressar meu profundo agradecimento a Plácido Domingo pelas décadas de serviço à nossa empresa”, afirmou.
Na semana passada, Domingo anunciou sua renúncia como diretor da Ópera de Los Angeles poucos dias depois de decidir que não voltaria a atuar no MET de Nova York e de ser vetado por três teatros.
O espanhol foi acusado em agosto deste ano por 20 mulheres de assédio e abuso sexual. Os casos vieram à tona durante uma investigação da agência de notícias Associated Press.
A LA Opera anunciou então a abertura de uma investigação interna para determinar a veracidade das acusações.
*Com Agência EFE
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