Wesley Safadão, esposa e outras seis pessoas são indiciadas por vacinação irregular no Ceará

Thyane, mulher do cantor, teria furado a fila, enquanto o músico e produtora teriam ido a lugar diferente do que estava marcado para receber dose de vacina diferente

  • Por Jovem Pan
  • 29/09/2021 22h59 - Atualizado em 29/09/2021 23h01
Reprodução/Instagram/thyane/28.04.2021 Thyane Dantas e Wesley Safadão de mãos dadas Wesley Safadão e Thyane Dantas cometeram infrações diferentes na vacinação

O cantor Wesley Safadão, a mulher dele, Thyane Dantas, e outras seis pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil do Ceará por irregularidades na vacinação contra a Covid-19. Thyane teria furado a fila da vacina: com 30 anos, recebeu a primeira dose quando era prevista a aplicação em pessoas de 32 anos ou mais. Já Safadão e a produtora musical Sabrina Tavares estavam agendados para serem vacinados no mesmo dia no Centro de Eventos do Ceará, mas foram a outro posto no que seria uma forma de escolher a dose a ser aplicada. Segundo a Polícia Civil, os envolvidos teriam cometido crime de peculato (apropriação de coisa pública) e infração de medida sanitária e as penas somadas podem chegar a 13 anos de prisão. O inquérito foi enviado para o Tribunal de Justiça do Ceará.

De acordo com a investigação, Safadão, Thyane e Sabrina teriam combinado a situação com antecedência com três servidores públicos da Secretaria de Saúde de Fortaleza e recebido ajuda de outras duas pessoas que não trabalhavam para o município. “Ficou caracterizado que a vacinação das três pessoas investigadas decorreu de um prévio ajuste entre elas, uma pessoa próxima ao cantor e uma outra pessoa, que por sua vez, possuía contato com os três servidores públicos, descartando a hipótese de coincidência despropositada e/ou falha, a título de culpa, das pessoas que trabalhavam no local”, escreveu a Polícia cearense em nota. Os investigadores descartaram que tenha ocorrido pagamento financeiro – a vantagem teria sido obtida em troca de ‘satisfação de interesses pessoais’.

O caso também está sendo investigado pelo Ministério Público do Ceará, cuja apuração ainda está em andamento. Safadão e Thyane negaram qualquer irregularidade afirmando que tomaram as vacinas na ‘xepa’, as doses que sobram ao fim do dia. Contudo, a prefeitura de Fortaleza negou essa possibilidade, afirmando que no horário em que eles foram vacinados, por volta do meio-dia, ainda não havia aplicação de doses da xepa. Todos os envolvidos tiveram que prestar depoimento no inquérito.

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