Ingressos esgotados e confusão nas bilheterias: entenda por que a volta de Taylor Swift ao Brasil causa tanta comoção
Turnê de cantora que passa pelo Brasil é espécie de comemoração a todas as fases de sua carreira e conta com repertório de mais de 40 músicas
Nova confirmação da agenda de shows do Brasil para o segundo semestre, a cantora Taylor Swift tem surpreendido com a sua alta demanda de shows para o país. Dona de uma das vozes mais escutadas da década, ela agendou três shows no país para a última semana de novembro de 2023. Longe da América do Sul desde 2012, quando embarcava em referências fora da música country pela primeira vez, Swift confirmou apresentações no Rio de Janeiro e em São Paulo. No entanto, o esgotamento rápido e a alta disputa que envolveu fãs dormindo por dias na porta das bilheterias do Allianz Parque e do Estádio do Engenhão chocou o país com o apelo da artista. Desde o início das vendas gerais para a “The Eras Tour“, os ingressos esgotaram em menos de duas horas e chegam a ser revendidos pelo quíntuplo do valor entre cambistas. A empresa responsável pela realização dos eventos adicionou duas datas extras, para os dias 18 e 24 de novembro, para o Rio e São Paulo.
A grande expectativa para as apresentações de Taylor Swift no Brasil se deve, em primeiro lugar, ao tempo em que ela passou sem vir para o Brasil. Em 2012, a cantora americana estava no seu quarto álbum de estúdio e ainda não era tão famosa no país. No período, recorreu até mesmo a uma parceria especial com a sertaneja Paula Fernandes para divulgar a sua música “Long Live” por aqui. Durante a década, Taylor se envolveu em polêmicas e lançou seis álbuns inéditos, que reuniram novos admiradores de seu trabalho. Em 2019, um dos fatores mais decisivos para sua carreira aconteceu após o contrato entre ela e a gravadora Big Machine acabar. A companhia foi comprada pelo empresário Scooter Braun, responsável por agenciar carreiras de artistas como Justin Bieber e Demi Lovato, e automaticamente o catálogo dos seis primeiros lançamentos de Taylor passaram a ser dele.
Com a perda do direito sobre suas masters, Taylor anunciou o projeto chamado “Taylor’s Version”, onde regrava os seus primeiros oito álbuns de carreira como “Speak Now”, “1989”, “Reputation” e “Taylor Swift”. Entre os já lançados “Fearless” e “Red”, a cantora inovou com novas identidades visuais e o amadurecimento de voz e arranjos para faixas de mais de dez anos. Com a sobrevida de suas obras antigas, Swift conseguiu reapresentar seus projetos para novas gerações e reviver pautas antigas de sua vida como celebridade, como a rivalidade com Katy Perry e Kanye West e o namoro com o ator Jake Gyllenhaal. Para os fãs, o “Taylor’s Version” reaproxima, traz identificação e mostra o lado inventivo da artista. “Como fãs, nós apoiamos todo esse esforço porque nenhum artista deve perder os direitos sobre sua arte. Observando a Taylor, enxergamos como a indústria musical trata artistas mulheres”, observou o fã Weslley Marques, que acompanha a carreira da musicista há dez anos.
Ainda em seus álbuns após a crise com a Big Machine, Taylor Swift atingiu um novo ponto de aprovação da crítica e captação de público. Seus álbuns pandêmicos, “Folklore” e “Evermore”, lançados em um intervalo de menos de seis meses, exploram referências da música folk e indie e trouxeram a artista para colaborações com músicos alternativos como Haim, Bon Iver e The National. Atualmente, Swift vive uma sequência aprofundada de lançamentos. Desde 2020, contando com regravações do “Taylor’s Version”, ela apresentou seis discos para o público. O próprio clima nostálgico sobre o seu repertório é a premissa principal da “The Eras Tour”, que divide as músicas cantadas no show por álbuns em uma setlist com mais de 40 canções, trocas de figurino, performances de ilusionismo e um extenso palco em formato de violão.
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